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Por Trás dos Números Por Renato Meirelles Renato Meirelles é pai da Helena, acredita que a Terra é redonda, está à frente do Instituto Locomotiva e, neste espaço, interpreta os números muito além da planilha Excel
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Os brasileiros e o “fundão”

Eleição custa dinheiro. Mas quanto, exatamente, estamos dispostos a gastar com elas?

Por Renato Meirelles 23 fev 2022, 14h32
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  • Toda democracia sofre para decidir como bancar as eleições. Permitir ou não o financiamento empresarial? Reservar dinheiro público para as campanhas? Se sim, quanto? Não há uma fórmula.

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    O Brasil vem lidando com essas questões desde a redemocratização, aperfeiçoando pouco a pouco seu sistema. Em 2016, na esteira de grandes escândalos de corrupção envolvendo justamente o financiamento de campanha, o Supremo Tribunal Federal vetou a participação de empresas no processo eleitoral.

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    A mudança foi bem-vinda e ajudou a melhorar a imagem que a população tem do processo democrático. Há um ditado que diz: quem paga a orquestra, escolhe a música. Os aportes milionários injetados por grandes empresas nas campanhas eleitorais criavam a percepção de que qualquer político eleito estaria por demais comprometido com a agenda daqueles que viabilizaram sua vitória.

    Mas as eleições continuam tendo um custo, e o Brasil ainda não encontrou soluções razoáveis para o financiamento público de campanha – especialmente quando levamos em conta as muitas carências do país, que precisam de recursos do Estado com urgência bem maior.

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    Nas eleições deste ano, o “fundão” eleitoral terá inacreditáveis R$ 4,9 bilhões. Não é surpresa que 85% dos brasileiros considerem esse valor excessivo, conforme revelado por pesquisa inédita que o Instituto Millenium encomendou a nós, Instituto Locomotiva/Ideia. Trata-se, afinal, do maior fundo público de campanhas do planeta. Nove em cada dez pessoas defendem que o “fundão” seja reduzido – matéria que está na pauta do STF nesta semana.

    Não espanta também que as palavra mais associadas ao tema pelos entrevistados sejam “roubo”, “vergonha”, “injustiça”, “revolta” e “absurdo”. A reação visceral não reflete uma repulsa à democracia, tampouco ao financiamento público de campanha necessariamente. Em um contexto de crise aguda e desigualdade, os brasileiros mostram apenas que seu senso de prioridades está muito mais afinado que o dos nobres parlamentares.

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