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Pé na estrada

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Viagens de carro para quem ama o caminho tanto quanto o destino
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Rodamos 500 quilômetros com o valente Jimny pela rota 55 no litoral norte

Clássico carro aventureiro da Suzuki manteve o apelo após sucessivas mudanças e se mostrou um bom companheiro para todo tipo de viagem

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 out 2024, 17h17
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  • Suzuki Jimny é carro aventureiro e confortável para longas viagens -
    Suzuki Jimny é carro aventureiro e confortável para longas viagens -  (André Sollitto/VEJA)

    Em meados da década de 1970, quem quisesse visitar as praias de São Sebastião precisaria enfrentar estradas de terra, lama e areia. A viagem levaria várias horas e o ideal seria usar um carro com vocação off-road, de preferência com tração nas quatro rodas, capaz de encarar qualquer terreno. Um veículo como o Suzuki Jimny. O clássico japonês lançado originalmente em 1970 ganhou diversas gerações, mas manteve o espírito aventureiro e o apelo entre entusiastas das trilhas por mais de 50 anos. E embora o caminho pela Rota 55, rumo ao litoral norte, seja muito mais confortável que no passado e não envolva grandes aventuras, o Jimny foi nosso escolhido para uma viagem de final de semana.

    Há muitos Jimnys rodando por aí, de diferentes gerações. A versão Sierra 4Style, nossa companheira de aventura, é parte da linha mais recente. Portanto, tem algumas tecnologias mais modernas e visual atualizado. Logo de cara o que chama a atenção é seu tamanho. O carro é compacto, mas bem alto. E tem muito charme. É daqueles que chama a atenção não pelo barulho do escapamento ou pela velocidade com que cruza as ruas, mas pela personalidade. Dentro, é mais espaçoso do que parece, especialmente se usado apenas por dois adultos. Com os bancos da segunda fileira levantados para receber passageiros, o porta-malas é pequeno, mas comporta duas malas de bordo e uma mochila. Com os bancos rebaixados, dá para transportar bastante coisa.

    Feito para encarar os terrenos mais acidentados, o Jimny pode até não parecer a melhor escolha para estradas com velocidades máximas mais altas, como a Rodovia dos Imigrantes. Mas o pequeno se mostrou valente. Na faixa entre 80 km/h e 100 km/h se comportou bem. A carroceria balança um pouco mais, naturalmente, e além dos 110 km/h a sensação é de perda de um pouco de estabilidade. Mas é tudo uma questão de costume. Após alguns quilômetros, o centro de gravidade mais alto se torna natural. E a direção fica divertida. A visibilidade é muito boa e o conforto a bordo é bem maior do que pode parecer olhando de fora.

    Primeira parada foi em Juquehy -
    Primeira parada foi em Juquehy – (André Sollitto/VEJA)

    Nossa primeira parada foi em Juquehy, já em São Sebastião, para o almoço. O destino era o restaurante Badauê, especializado em frutos do mar. Apesar de ter unidades em São Paulo, na região dos Jardins, e em Maresias, é em Juquehy que está a estação de tratamento que recebe os peixes frescos e distribui para as outras casas da rede. Conhecemos de perto o processo. Os fornecedores chegam com as caixas e a equipe do restaurante começa a preparar os peixes em seguida. Eles são limpos, pesados e porcionados.

    Em seguida, parte já é levada para o restaurante em frente. Outra parte é levada para uma enorme câmara fria, onde permanece antes de ser destinada às outras casas da rede. O apelo da casa, é claro, são os peixes e frutos do mar frescos. De entrada, a pedida é a lula Badauê, servida com molho de ervas. E como prato principal a opção é a pescada-branca, peixe importante do litoral norte. Há também a opção de pedir sushis e sashimis.

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    Lula Badauê, servida com molho de ervas, é um dos destaques do cardápio -
    Lula Badauê, servida com molho de ervas, é um dos destaques do cardápio – (André Sollitto/VEJA)

    Já alimentados, voltamos ao Jimny para seguir viagem. Depois de Juquehy, a estrada é repleta de curvas, que acompanham a geografia da serra do mar. Nesse ponto, é importante atentar para as limitações do carro. Por ser bem mais alto, com um centro de gravidade elevado, não dá para fazer essas curvas em alta velocidade. É preciso cuidado. Mas é uma limitação pequena perto das possibilidades que ele oferece. A sensação é de que se quiséssemos sair do asfalto e apostar em qualquer trilha da região ele daria conta com recado com louvor.

    E assim chegamos a nosso destino final: a praia de Barequeçaba, onde ficamos hospedados no Vistabela Resort, bem ao estilo pé na areia. Trata-se de um hotel sem luxos desnecessários, mas com toda a comodidade de quem quer só acordar de manhã e curtir a praia. Há um bom restaurante que serve principalmente pratos com peixe e frutos do mar, como a bem servida porção de bobó de camarão ou a incontornável lula à dorê. A área social fica quase na areia, com piscinas, quadras de tênis e spa. E é possível usar equipamentos de esporte aquático do hotel, como pranchas de stand up e caiaques. É uma daquelas opções para quem quer deixar o carro na garagem e só curtir a mudança de ares.

    Na praia de barequeçaba, uma das melhores opções de hospedagem é o Vistabela Resort, com área social na beira da praia -
    Na praia de barequeçaba, uma das melhores opções de hospedagem é o Vistabela Resort, com área social na beira da praia – (André Sollitto/VEJA)

    A praia de Barequeçaba tem um apelo mais familiar. A faixa de areia é generosa, sem grandes buracos ou areia fofa – o que facilita para quem quer correr à beira do mar, por exemplo. O mar é calmo, sem caídas violentas. Pegamos o caiaque do hotel e demos um passeio sem preocupações com ventos e ondas mais agressivas. É uma área bem residencial, com muitas casas e quase nenhuma loja. Quem busca algo mais agitado à noite pode ir para São Sebastião, a cerca de 20 minutos, e curtir a movimentação noturna. Nós preferimos ficar por lá. Dá para curtir um final de semana de tranquilidade e esportes aquáticos. Mas o hotel também oferece pacotes maiores, de temporada.

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    O final de semana passou rápido. No retorno, programados um almoço no Manacá, o templo da alta gastronomia no litoral norte, referência na Praia de Camburi há mais de 30 anos. Vamos falar mais dessa experiência aqui no Pé na Estrada em breve.

    Praia de Barequeçaba tem perfil familiar, com boa faixa de areia e mar calmo, bom para esportes aquáticos como stand up e caiaque -
    Praia de Barequeçaba tem perfil familiar, com boa faixa de areia e mar calmo, bom para esportes aquáticos como stand up e caiaque – (André Sollitto/VEJA)

    Quem está acostumado a rodar pela Rota 55 e frequentar o litoral norte sabe como a volta do final de semana pode ser demorada. O fluxo de carros é enorme e a estrada não dá vazão. O avanço é lento e tedioso. E aqui outra qualidade do Jimny fica clara: o conforto dos bancos e da cabine, de modo mais amplo. Levamos 5h30 para sair de Barequeçaba e chegar a São Paulo, e mesmo depois de tanto tempo ao volante saí com a sensação de que seria possível passar mais algumas horas, sem maiores problemas. É algo importante a se levar em conta por quem quer encarar percursos mais longos e explorar regiões mais distantes. E é exatamente isso que o Jimny proporciona.

    O Suzuki Jimny é mais do que um meio de transporte. É quase um estilo de vida. Tem um apelo enorme entre colecionadores e aventureiros. É um daqueles carros que te instigam a ir mais longe, a explorar, a buscar o caminho menos óbvio. É para quem quer mais do que números em uma ficha técnica e busca um companheiro de aventuras. Nossa experiência com ele no litoral norte deixou isso claro.

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