Assine VEJA por R$2,00/semana
Pé na estrada Por André Sollitto Viagens de carro para quem ama o caminho tanto quanto o destino
Continua após publicidade

O novo carro chinês que pode popularizar ainda mais os elétricos no Brasil

O BYD Dolphin Mini chega hoje ao país com a missão de abocanhar uma parcela ainda maior do mercado e disputar espaço com compactos à combustão

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 09h58 - Publicado em 28 fev 2024, 12h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O mercado brasileiro hoje favorece os SUVs. Os dados de vendas de 2023 apontam que o segmento foi aquele que teve maior emplacamentos, e a quantidade de lançamentos de utilitários indica que essa moda não deve passar tão cedo. Mas dois importantes lançamentos chineses, no entanto, mostraram que é possível seguir na contramão dessa tendência. O BYD Dolphin e, mais recentemente, o GWM Ora tiveram boa aceitação do público e provam que os hatches, além de ainda populares, são uma boa alternativa urbana – algo que o mercado europeu já percebeu há tempos. Agora, um novo modelo, que acaba de chegar ao Brasil, deve dar ainda fôlego aos carros compactos e popularizar ainda mais os eletrificados por aqui.

    Publicidade

    Trata-se do BYD Dolphin Mini, já mostrado há algumas semanas, mas lançado oficialmente apenas nesta quarta-feira, 28. Com tamanho de subcompacto, bateria com boa autonomia, pacote robusto de tecnologias embarcadas e preço competitivo – o valor cheio é R$ 115.800, mas no lançamento ele está sendo oferecido com desconto de R$ 10 mil -, é um veículo que pode bagunçar o cenário atual e ajudar a consolidar ainda mais a montadora chinesa.

    Publicidade

    Na pré -venda, a BYD anunciou que foram vendidas pouco mais de 6,5 mil unidades – quase o mesmo que o Dolphin, o mais popular entre os puramente elétricos, vendeu em todo o ano de 2023.

    O que esperar do BYD Dolphin Mini

    Publicidade

    O carro tem tamanho de subcompacto. São 3,78 metros de comprimento, apenas 10 centímetros a mais que um Renault Kwid, e 1,71 metro de largura. Mas o entre-eixos tem 2,5 metros, o que já o coloca na mesma categoria do Hyundai HB20. Ou seja, quem viaja na segunda fila vai com conforto. Por enquanto, a versão que chega ao país tem apenas quatro lugares. Uma versão com cinco virá apenas no futuro. Isso só foi possível por conta do diminuto motor e do pequeno porta-malas, de apenas 230 litros, sem estepe. Além de pequeno, precisa levar o carregador e o kit de reparo de pneus. É realmente pequeno, mas funciona no ambiente urbano, desde que não seja usado para fazer grandes compras no supermercado.

    O motor tem apenas 75 cavalos, além de 13,8 kgfm de torque – equivalente a um 1.3. Faz 0 a 100 km/h em 14,9 segundos, e sua velocidade é limitada eletronicamente a 130 km/h. Tem uma bateria do tipo blade, mais fina, com 38 kWh de capacidade, e autonomia declarada de 280 quilômetros, de acordo com o Inmetro. A medida chinesa é bem mais otimista. O conjunto faz com que o Dolphin Mini seja bem leve e fique pouco acima de 1,5 tonelada.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    É claro que várias concessões foram feitas para baixar o preço final. Comparado com o BYD Dolphin, há menos tecnologias, como o assistente de permanência de faixa, a câmera 360° (no Mini, há apenas a traseira) e piloto automático. A tela da central multimídia é menor que a do modelo maior. Mesmo assim, nada que faça muita falta em um veículo compacto como esse.

    Como o BYD Dolphin Mini se comporta nas ruas

    Publicidade

    Em primeira mão, o Pé na Estrada passou alguns dias com um dos modelos que chegaram ao país. Rodamos apenas no perímetro urbano, já que a autonomia da bateria desencoraja percursos mais longos. Mas ele se mostrou um companheiro divertido em deslocamentos cotidianos e em passeios de final de semana.

    A direção é leve e passa a sensação de que ele está bem “na mão”. O tamanho, claro, ajuda. Mas o Dolphin Mini é macio, dinâmico, fácil de guiar e “esperto” no trânsito. O motor, embora não tão potente, é suficiente. A arrancada pode não ser das mais agressivas, mas basta acionar o Sport, um dos três modos de condução, para fazer retomadas mais rápidas. A sensação é a de um elétrico mais comportado, e não um dos modelos que joga os ocupantes contra o banco em cada acelerada. A suspensão é ajustada para favorecer uma rolagem macia. E funciona, no asfalto novo. Em trechos mais acidentados, ela balança mais, de forma menos confortável.

    Publicidade

    O espaço interno surpreende. Saímos com amigos e todos ficaram surpresos com o conforto da segunda fila. Por dentro, ele parece maior do que realmente é. Só ocupantes muito altos vão sofrer mais, mas quem tem até 1,85 m viaja com tranquilidade. Só o porta-malas não é espaçoso. Comporta algumas sacolas ou mochilas. Embora tenha Isofix para instalação de cadeirinhas, uma família com crianças pequenas que precisa levar muitos apetrechos pode ter mais dificuldade.

    Continua após a publicidade

    O visual é outro ponto bem interessante. A frente com faróis de led e linhas retas, a traseira com a grande faixa que conecta as lanternas e o pequeno aerofólio ajudam a formar um conjunto que chama a atenção. Nas ruas, as pessoas ficavam olhando demoradamente, tentando identificar o modelo e apontando. Testamos o modelo na cor preta, que dá um ar ainda mais futurista, mas há outras três cores, verde limão, branco e rosa.

    Quais são os concorrentes do BYD Dolphin Mini

    O novo Dolphin Mini está posicionado abaixo do irmão maior, o Dolphin, e seu concorrente direto, o GWM Ora. Ambos são vendidos por R$ 150 mil, nas versões mais básicas. Mas ainda assim são maiores, mais espaços e com um pacote de itens e tecnologias ainda maior. A proposta do novo modelo é simplicar as coisas.

    Por conta de seu tamanho, está mais próximo do Renault Kwid E-Tech, vendido a R$ 140 mil, ou do Jac E-JS1, oferecido por R$ 127 mil. Leva vantagem sobre ambos por ser um projeto mais novo e tecnológico, e pelo acabamento mais caprichado. Antes do lançamento, rumores apontavam que ele poderia ser vendido a menos de R$ 100 mil no lançamento, mas o valor ficou mais próximo dos concorrentes diretos.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.