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Por André Sollitto
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“Brasil e América do Sul têm uma relação histórica com as picapes”

Em entrevista, Gonzalo Ibarzábal, presidente da Nissan no Brasil, fala sobre a popularidade dos modelos e a conexão com o público do agronegócio

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 out 2023, 15h51 - Publicado em 27 out 2023, 10h35

Vender picape hoje, no Brasil, é um bom negócio. Entre as divisões da categoria, há uma variedade crescente de opções, das compactas voltadas para o trabalho, como a Fiat Strada, veículo mais vendido do país em setembro, até as grandes, um segmento ainda incipiente, mas em rápido crescimento com a chegada de novos modelos.

O segmento mais disputado é o das picapes médias. São veículos na faixa dos 250.000 reais a 350.000 reais, com um pacote tecnológico robusto, tração nas quatro rodas e outros acessórios. Alguns, voltados para o trabalho pesado. Outros, para as trilhas off-road. Além da óbvia vocação utilitária, esses carros têm um apelo aspiracional muito forte, especialmente em regiões do Brasil onde o agronegócio é forte. É nesse segmento que está inserida a linha Nissan Frontier. Embora tenha um desempenho em vendas mais modesto se comparado à líder Hilux, da Toyota, é uma importante referência especialmente para quem gosta de trilhas e o terceiro veículo mais vendido da montadora japonesa, atrás do SUV Kicks e do sedã Versa.

Em entrevista exclusiva, o presidente e diretor-geral da Nissan no Brasil, Gonzalo Ibarzábal, fala sobre a concorrência no segmento, a relação do brasileiro com as picapes e opina sobre o futuro elétrico do setor automobilístico.

Como vocês estão olhando para o segmento de picapes médias, um dos mais disputados do mercado brasileiro no momento?
O segmento de picapes vem crescendo muito rapidamente. Foram muitos lançamentos ao longo do ano de 2023, não apenas entre as picapes médias, mas em pequenas e grandes também. E está muito disputado. Mas acreditamos que temos um produto que vem obtendo grande êxito. Somos uma marca estabelecida e reconhecida pelos clientes, não só pessoas físicas, mas também frotistas. Fundamentalmente, oferecemos robustez e qualidade. E são essas as características que o público preza quando vai comprar um veículo do tipo. É um investimento de longo prazo.

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Como se diferenciar nesse segmento?
Agora, estamos lançando nossa garantia de seis anos. Estamos trabalhando nisso há meses, e é um produto global. Ninguém mais tem essa garantia. Foi um processo bem longo dentro da companhia para garantir que ele pudesse ser lançado. Hoje, estamos tranquilos, sabendo que oferecemos o melhor produto.

Qual o perfil do consumidor desse tipo de picape média?
São distintos perfis. O agronegócio é o clássico, onde está o maior volume de vendas, no interior do país. É um carro de trabalho, mas também que atende os produtores no fim de semana para sair com a família. O mesmo frotistas, mineradoras, companhias de trabalho. Aí, o foco está totalmente no trabalho, e temos produtos diferentes para esse público. E também aqui, no Brasil, há um público off-road. Caminhos divertidos, ir a lugares. O Brasil tem oferta gigantesca para ir. Quase 85% das estradas não são pavimentadas.

Como trata-se de um produto global, há diferenças entre o perfil de uso do brasileiro e de outros mercados?
O uso é bastante parecido. Nos Estados Unidos os usuários fazem muitas trilhas, mas aqui também. Em alguns mercados em que o uso é muito focado no trabalho, a picape pode não ter todas as tecnologias. Ela pode não ter, por exemplo, a câmera 360°, o teto solar, ou algumas tecnologias de segurança. No Brasil, colocamos todas as tecnologias porque o consumidor valoriza.

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Por que no Brasil a picape é um veículo aspiracional, além do foco do trabalho?
Acredito que temos uma história, e isso vale para toda a América do Sul, com as picapes. O Brasil tem uma raiz forte no agro, no trabalho. E há uma identificação das picapes como ferramentas de trabalho. É um setor que respira essa robustez, que dá tranquilidade ao dirigir.

Mas há muitos consumidores que usam esses veículos apenas nas cidades.
É um produto que se impõe, se traduz em tranquilidade. No trânsito, a situação pode ficar mais complicada, e o motorista pode precisar de impor para encontrar seus caminhos. E a picape, na rua, transmite essa tranquilidade. Isso se transmite no tamanho, no desenho.

Em outros mercados, a Nissan tem uma picape grande em seu portfólio, a Titan. Vocês pensam em trazê-la para o Brasil, seguindo outras montadoras que fizeram movimentos semelhantes em 2023?
Estamos sempre de olho em alternativas e opções. O desafio nosso agora é crescer com a Frontier. Mas, antes de pensar em alternativas, queremos focar em nossa estratégia de crescimento, no momento está muito ancorada na Frontier, e acredito que, no momento, ela vem entregando os resultados que queremos, mas sempre podemos pensar em expandir.

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Como você vê o avanço dos veículos elétricos e o desenvolvimento da infraestrutura de carregamento?
Demos o primeiro passo dos elétricos no Brasil com o Leaf, e ficamos muito felizes com o resultado que ele obteve. E cremos que tanto no Brasil quanto no resto do mundo a indústria está em um momento de mudança muito forte. E aqui, no Brasil, estamos acompanhando essa mudança, no momento focados no Leaf. E avançamos na infraestrutura. Começamos com sete concessionárias, e hoje toda a nossa rede está habilitada para carregar os veículos e também fornecer reparos. Acho que é um mercado que vai continuar crescendo rapidamente.

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