Relâmpago: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Paraná

Por VEJA Correspondentes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens paranaenses. Por Guilherme Voitch, de Curitiba

Lava Jato prende dois ex-executivos do Grupo Estre envolvidos com propina

Investigação está baseada na delação de Sergio Machado, ex-presidente de Transpetro, ligado ao MDB

Por Guilherme Voitch Atualizado em 30 jul 2020, 19h59 - Publicado em 31 jan 2019, 17h27

Dois ex-executivos do Grupo Estre foram presos na manhã desta quinta-feira, 31, pela Polícia Federal na 59ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Quinto Ano. Foram presos Wilson Quintela Filho, ex-presidente de empresas do grupo, e o advogado e ex-diretor do Estre Mauro de Morais.

As investigações estão baseadas na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. De acordo com o procurador da República Roberson Pozzobon, a investigação indica o pagamento de propina recebida pelo Grupo Estre em contratos com a Transpetro para tratamento de resíduos, manutenção de dutos e construção de um estaleiro para produzir embarcações para transporte de etanol no Rio Tietê. A propina era de 3% do valor dos contratos, conforme o MPF.

No esquema, o grupo Estre assinava contratos fictícios com o escritório de advocacia de Morais. Na prática, o escritório fazia a distribuição do dinheiro dividindo a propina em inúmeros depósitos fracionados e cheques de baixo valor, com o objetivo de burlar a fiscalização do Banco Central. A maior parte da propina chegava a Machado que, por sua vez, fazia a redistribuição para políticos do MDB, partido político que garantia sua sustentação política. PF e MPF preferiram não citaram nomes de políticos ligados ao partido. Em sua delação, no entanto, Machado cita repasses aos então senadores Renan Calheiros, Edison Lobão, Romero Jucá e José Sarney. Destes, apenas Renan foi reeleito.

O delegado da Polícia Federal, Christian Robert Wurster, coordenador da Operação Quinto Ano, estima que até 3% do valor de 36 contratos formalizados com a estatal entre 2008/2014 tenham sido objeto de propina, em um total de 682 milhões de reais.

No total foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Antônio Kanji, também ex-funcionário da Estre, não foi localizado e é considerado foragido da Justiça. Ele seria responsável pela distribuição do dinheiro.

Continua após a publicidade

Outro lado

Em nota, a Estre Ambiental afirmou que vem colaborando com a operação e permanecerá à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e colaborar com as investigações.

A Transpetro informou que vem apurando denúncias de irregularidades em contratações da companhia envolvendo as empresas citadas na investigação. A empresa disse que todas as informações obtidas são encaminhadas ao Ministério Público Federal e demais órgãos competentes. A Transpetro reiterou que é vítima nestes processos e que presta todo apoio necessário às investigações.

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ECONOMIZE ATÉ 88% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.