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Laudo revela que Tatiane Spitzner sofreu esganadura

Advogada morreu ao cair do quarto andar de prédio em Guarapuava; para o MP, ela foi morta em casa pelo marido, Luiz Felipe Manvailer

Por Guilherme Voitch Atualizado em 6 ago 2018, 23h04 - Publicado em 6 ago 2018, 16h13
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  • A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística no apartamento da advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, mostra que ela teve uma fratura no pescoço, típica de quem sofreu esganadura. Trechos do laudo foram divulgados neste domingo, pelo programa Fantástico, da Rede Globo.

    Com isso, aumentam as suspeitas de que Tatiane, de 29 anos, tenha sido asfixiada pelo marido, o professor de biologia Luiz Felipe Manvailer, de 32 anos. Imagens de câmeras de segurança mostram que a advogada foi agredida várias vezes por Manvailer na madrugada em que morreu, em 22 de julho. O professor de biologia está preso, suspeito de feminicídio. Ele foi detido depois de bater o carro de Tatiane quando supostamente tentava fugir para o Paraguai.

    As imagens mostram que as agressões iniciaram-se ainda no carro, antes de o veículo entrar na garagem do prédio. Luiz Felipe Manvailer deu dois tapas no rosto da mulher. Quando os dois saíram do veículo, as agressões continuaram. A advogada tentou fugir, mas foi perseguida. Ela levou tapas e um mata-leão do marido e foi carregada até o elevador. As agressões não cessaram. Tatiane tentou parar em outro andar e deixar o elevador, mas foi impedida.

    Ao chegarem no quarto andar, o professor a empurrou em direção ao corredor e Tatiane caiu. As câmeras registram, ainda, o momento em que a advogada cai da sacada. As imagens mostram que Manvailer desceu ao térreo e carregou a advogada de volta, utilizando o elevador. Depois, ele retornou para limpar os vestígios de sangue deixados no trajeto.

    Por volta das 3 horas, a polícia chegou ao local para apurar o ocorrido, e as câmeras mostram Manvailer fugindo pela garagem no mesmo momento.

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    O Ministério Público do Paraná já adiantou que vai pedir à Justiça estadual que o professor vá a júri popular. Ele deve ser denunciado por homicídio qualificado, com quatro agravantes: meio cruel, que foi a asfixia; impossibilidade de defesa da vítima; motivo torpe, um crime para terminar uma discussão; e feminicídio, que é assassinato pelo simples motivo de a vítima ser mulher.

    A defesa de Manvailer divulgou nota no fim de semana em que afirma que “permanece no aguardo do resultado de exames periciais no corpo da vítima, no apartamento do casal, nas câmeras de segurança, nos smartphones, computadores e HDs apreendidos, e na realização de reprodução simulada dos fatos com a participação do acusado”.

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