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O Som e a Fúria

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Grammy: conheça Jon Batiste, autor do álbum do ano

Jazzista que inspirou animação 'Soul' foi o grande premiado da noite, desbancando nomes populares como Billie Eilish, Taylor Swift e Lady Gaga

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 abr 2022, 11h28 - Publicado em 4 abr 2022, 11h04

A 64ª edição do Grammy Awards aconteceu na noite do domingo, 3, e premiou nomes populares da música, como a jovem Olívia Rodrigo e o dançante Silk Sonic, de Bruno Mars. Mas o grande aclamado da noite – que ainda contou com apresentações de Lady Gaga, do fenômeno sul-coreano BTS, de Justin Bieber e Billie Eilish – foi um nome menos conhecido: o pianista americano Jon Batiste. Inspiração para o professor Joe Gardner, que fez sucesso no filme Soul, da Pixar, o músico levou a estatueta de álbum do ano, a mais aguardada da noite, pelo álbum We Are, desbancando concorrentes de peso, como Billie Eilish, Taylor Swift, e a dupla Tony Bennett & Lady Gaga.

Na animação Soul, almas jovens habitam uma espécie de pré-escola do Além, onde adquirem as características que terão em sua futura vida humana. Mentores como Einstein e Platão estão ali para inspirar as alminhas. Na Terra, Joe Gardner, um professor de música para crianças e fracassado pianista de jazz, morre no mesmo dia em que consegue a sonhada vaga numa banda. Ao fugir da morte, sem querer, ele vai parar nessa escolinha, onde é confundido com um mentor e ganha a espinhosa tarefa de inspirar a alminha mais rebelde do pedaço. A saída para domar a aluna difícil, claro, está no jazz. Tal como o personagem, Jon Batiste, de 34 anos, também abraçou a missão de levar o gênero musical às novas gerações, mais afeitas ao pop e ao hip-hop. Batiste é um dos coautores da música-tema do filme e, ao lado de Trent Reznor e Atticus Ross, que venceu o Oscar de trilha sonora em 2021. Mais que isso, é a própria inspiração do tocante professor fantasma de Soul. “Jazz é uma música que explora o poder da alma humana. É divino”, disse Batiste em entrevista no ano passado a VEJA.

Nascido em uma família de músicos de Nova Orleans, ele se apaixonou pelo jazz ainda na infância, quando seu pai o levou a contragosto a um clube da cidade. Essa história, aliás, acabou sendo incorporada ao personagem da Pixar. No filme, Gardner diz aos alunos: “Vi um cara que mandava notas com tanta vontade que, quando chegou ao solo, ele fechou os olhos e eu senti que flutuava. Foi quando eu decidi que queria ser igual a ele”. O roteiro pegou emprestada essa frase de Batiste, que teve a mesma reação ao ser levado ao clube pelo pai. “Foi um trabalho colaborativo. Muitas vezes, influenciei a história para além da música”, diz o artista. Os longos e indomáveis dedos do pianista de Soul também foram moldados nos do músico real.

Batiste ganhou fama nos Estados Unidos como integrante da banda do talk-show do humorista Stephen Colbert. Já lançou nove álbuns, todos voltados ao jazz. Mas, no recém-lançado e agora premiado no Grammy We Are, promove uma mistura do ritmo com o R&B, o soul e o rap. “Duke Ellington, meu maior ídolo, uma vez disse que deveríamos descategorizar os gêneros musicais. Foi isso que decidi fazer”, explica.

Com seu jeito expansivo e simpático, Batiste conseguiu colocar novamente em evidência um gênero que nem sempre empolga as massas como mereceria. E ele não tem pudor em valorizar sua façanha. Sem modéstia, o pianista descreveu o disco We Are como uma “obra-prima do pop negro”. Com um Oscar e um Grammy na estante, ele pode se gabar à vontade.

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