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O Som e a Fúria

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As novas acusações de má-conduta e assédio sexual contra Kanye West

Lauren Pisciotta foi assistente do rapper entre 2021 e 2022 e alega uma série de lapsos na ética de trabalho imposta pelo chefe

Por Thiago Gelli 4 jun 2024, 17h24

Uma das figuras mais polêmicas dos Estados Unidos, o rapper Kanye West, 46 anos, se tornou centro de um processo judicial nesta terça-feira, 4 de junho. De autoria de sua ex-assistente, Lauren Pisciotta, o texto o acusa de assédio sexual, quebra de contrato, demissão sem justa causa, fraude, inadimplência salarial e provocação intencional de estresse emocional.

Segundo Lauren, ela trabalhou na indústria de entretenimento por 15 anos e auxiliou o rapper no primeiro lançamento de sua linha de calçados para mulheres e na produção de três das canções do disco Donda, lançado em 2021. Contratada como “assistente executiva e pessoal”, ela era encarregada de se manter disponível a ele a qualquer momento e foi prometida um salário anual de 1 milhão de dólares, cerca de 80 mil dólares por mês, quantia que a ela diz já receber antes devido ao trabalho na plataforma OnlyFans, onde vendia fotos e vídeos sensuais.

Os problemas teriam começado em 2022, quando West — publicamente cristão — passou a exigir que a funcionária fosse mais recatada. De acordo com o processo, ele então ofereceu mais de 1 milhão de dólares em troca do encerramento da conta de Prisciotta na rede famosa pelo conteúdo pornográfico. Ela concordou e deletou o perfil, mas então começou a receber mensagens explícitas do chefe. O caso ainda destaca supostas mensagens enviadas, como uma em que West diz que seu problema é “querer transar e, depois do sexo, ouvir da garota o quão exaurida ela foi pela transa” e, depois, que ela o traia com outro.

Durante o tempo de serviço, Prisciotta diz que foi encarregada de entregar um mel potencializador de libido ao cantor antes de cada encontro sexual seu e que o chefe era “obcecado” pelo tamanho das genitais dos homens com quem ela saía. Além disso, ele teria o costume de a enviar fotos e vídeos explícitos de suas noites com outras mulheres. Quando ela tentava discutir questões profissionais via chamadas de telefone, alega também que o patrão começava a se masturbar. A dinâmica teria culminado durante um voo para Paris no jato da empresa de calçados Yeezy, no qual outros funcionários estavam presentes. A acusação diz que o cantor se trancou no quarto com a assistente, deitou na cama, se cobriu e, novamente, começou a se masturbar sob as cobertas enquanto ela sentava numa cadeira a poucos centímetros de distância.

Em setembro de 2022, Prisciotta ainda diz ter sido promovida ao cargo de chefe de equipe de todas as empresas de West. Com a promessa de um bônus de 3 milhões de dólares, ela aceitou a posição, mas foi demitida no mês seguinte. Não recebeu o bônus, mas tinha direito a uma rescisão equivalente ao valor — que tampouco chegou a ela.

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Em novembro do mesmo ano, a revista americana Rolling Stone já havia reportado as denúncias de múltiplos funcionários da empresa Yeezy, que alegaram que West os mostrava pornografia e fotos explícitas da ex-esposa Kim Kardashian como tática de intimidação e controle. O rapper ainda não se declarou sobre as acusações, mas já declarou ter vício em pornografia. Em maio de 2024, o portal TMZ noticiou que uma guinada para a indústria sexual seria seu próximo passo com a criação do Yeezy Porn Studios.

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