Cinco meses após os tumultuosos shows de Taylor Swift em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 24 de abril, um projeto de lei federal que carrega o nome da cantora. Em resposta aos diversos conflitos entre fãs da artista e vendedores ilícitos na fila de venda de ingressos, o texto promete intensificar punições aos cambistas e agora será avaliado pelo Senado.
A proposta proíbe a venda de ingressos por preços acima do valor definido pela promotora original e prevê detenção de até dois anos e multa — que pode chegar a cem vezes o valor do ingresso — para aqueles que desrespeitarem a ordem. De acordo com o texto, a atuação de cambistas tem sido facilitada pela implementação de plataformas digitais, dado que “encontram na internet um espaço propício para lucrar com a escassez de ingressos e a alta demanda”. Além do prejuízo individual daqueles que têm o acesso ao lazer dificultado, o projeto aponta também como a ação agrava a especulação financeira e provoca danos à economia popular.
Em junho de 2023, as vendas para as primeiras três datas da cantora começaram em pontos de venda paulistanos e cariocas, atraindo milhares de fãs às ruas. Além do sol e da espera, os ouvintes obstinados lá tiveram que enfrentar também cambistas, relatando invasões na fila e ameaças de agressão física e roubo por parte dos criminosos. A venda online, por sua vez, chegou ao número de 1,5 milhão de senhas e atingiu o esgotamento de ingressos em meros 30 minutos. Na ocasião, o Procon do Rio de Janeiro chegou a notificar a vendedora Tickets for Fun (T4F) pelo número de reclamações.
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