Anitta sobre roupas provocantes: “Uso estereótipos para chamar a atenção”
A artista brasileira foi tema de uma extensa reportagem da rádio pública americana, que contou a origem dela até a indicação ao Grammy de 2023
A cantora Anitta foi tema de uma extensa reportagem da NPR, a rádio pública americana, que contou as origens da artista desde o bairro Honório Gurgel, no Rio de Janeiro, até a indicação na categoria de artista revelação ao Grammy de 2023.
Na reportagem, a cantora é apresentada como uma artista global, que canta em três línguas diferentes (português, espanhol e inglês) e precisou lutar contra o preconceito do funk nas periferias para se firmar como artista. “Você precisa abrir mão de todas as coisas que tem no Brasil para ir para outro mercado e aprender espanhol, depois inglês. Fiz também italiano e francês. É um mundo completamente diferente”, disse a cantora.
Sobre o funk, Anitta lembra que no passado, os bailes eram reprimidos pela polícia que o associava às festas ao uso de drogas, crime e imoralidade sexual, inclusive com um malfadado projeto de lei que tentou proibir o ritmo, em 2017. “As pessoas estavam apenas cantando sua realidade. Então, para você mudar o que quer que estivéssemos cantando, você precisava primeiro mudar nossa realidade”, disse.
Na entrevista, a artista falou ainda sobre os figurinos provocantes que usa para chamar a atenção do público. “Uso estereótipos para chamar a atenção, mas quando recebo a atenção, simplesmente a quebro. Gosto de fazer isso”, explicou.