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O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal
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A relação de Madonna com o catolicismo, segundo a própria: ‘Sou fascinada’

Em entrevista a VEJA em 2017, cantora falou da inspiração religiosa em sua turnê 'Rebel Heart Tour', além de dar opiniões sobre política e sociedade

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 15h09 - Publicado em 4 Maio 2024, 08h00

Em 2017, durante o lançamento de seu DVD da Rebel Heart Tour, a décima turnê de sua carreira, Madonna falou com exclusividade a VEJA sobre suas inspirações para os shows que continham um grande teor religioso (e provocativo): dançarinas fantasiadas de freiras sensuais rodavam o palco com uma coreografia ousada análoga à Santa Ceia. A rainha do pop sempre fez referências ao cristianismo em sua discografia e não se furtou de explicar como é sua relação com a religião — mesmo que músicas e apresentações como a de Like a Virgin, em que cantava em uma cama enquanto simulava o ato da masturbação, desafiassem o Vaticano e o conservadorismo mundial. “Sou fascinada pela ideia de Deus ter se transformado em um ser humano. Para mim, a história de Jesus fala sobre crescimento, e sobre uma revolução”, disse a estrela à época.

Confira alguns trechos da entrevista e veja a íntegra abaixo:

A abertura da turnê Rebel Heart é repleta de referências religiosas. Por que você volta sempre aos símbolos católicos? A religião é inspiradora. Cresci em um ambiente católico e continuo a filosofar sobre os significados dos símbolos cristãos. O sofrimento de Jesus em uma cruz ou a dor de Maria ao ver o filho morrer são imagens fortes e belas, assim como a simples essência da confissão: ajoelhar-se diante de uma tela de madeira e dizer a um total estranho seus pecados e suas aflições. São insígnias que uso em meu show. Os conceitos de redenção, salvação e ressurreição são admiráveis e poderosos.

Mas você também mescla a religião com elementos profanos. No show, a Santa Ceia tem uma coreografia nada religiosa. Exploro essas referências, mas não pela exata interpretação cristã das Escrituras. Sou fascinada pela ideia de Deus ter se transformado em um ser humano. Para mim, a história de Jesus fala sobre crescimento, e sobre uma revolução. Não é uma mensagem para levar as pessoas a se sentir culpadas.

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Como compara essa turnê com a Blond Ambition, que chocou pelo uso de símbolos religiosos? Sinto que multiplicamos por 1 milhão o que era feito em Blond Ambition. Cavamos mais fundo, exploramos tabus de forma mais detalhada. Aprecio a simplicidade de Blond Ambition, mas agora a tecnologia nos oferece mais recursos visuais.

Depois de trinta anos de carreira, não cansou da rebeldia? Não, não, não. Não estou cansada. Eu me sinto ainda mais enérgica. Com mais força para lutar por aquilo em que acredito. Sou uma rebelde e serei rebelde até o fim.

 

Madonna:
Madonna: “Serei rebelde até o fim” (ACERVO/VEJA)
Entrevista de Madonna a VEJA em 2017
Entrevista de Madonna a VEJA em 2017 (ACERVO/VEJA)

Madonna falou de coreografia polêmica que fazia analogia com a Santa Ceia
Madonna falou de coreografia polêmica que fazia analogia com a Santa Ceia (ACERVO/VEJA)
Artista também citou como estava a vida em Portugal, país onde morava à época
Artista também citou como estava a vida em Portugal, país onde morava à época (ACERVO/VEJA)

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