Nada está tão ruim que não possa piorar. Depois de Ricardo Vélez que falava português errado, de Abraham Weintraub que escrevia português errado, de Carlos Decotelli que carecia dos títulos exibidos no seu currículo, e do empresário Renato Feder rejeitado duas vezes, o presidente Jair Bolsonaro agora examina o nome do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) para ministro da Educação.
Que credenciais ele tem para administrar um dos maiores orçamentos da República? Bem, foi militar como Bolsonaro, mas ao contrário deste, não foi afastado do Exército. Tem mestrado em operações militares. Formou-se em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e em Ciências Jurídicas pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio.
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Clique e AssineMas o que distingue mesmo de outros aspirantes a ministro é que, como líder do governo na Câmara, obedece sem discutir todas as ordens do alto. Quer dizer: as ordens de Bolsonaro ou de quem fale em seu nome. Por sua origem, supõem-se que os militares não o vetariam. Por seu alinhamento com as ideias do presidente, não seria alvo da ira dos bolsonaristas mais radicais.
O major e o ex-capitão almoçaram, ontem, no Palácio do Planalto. Ficaram de se reunir outra vez ainda esta semana. Só vai depender do estado de saúde de Bolsonaro.