Para ser coerente, uma vez que Lula, Dilma, Gleisi Hoffmann, Antonio Palocci, João Vaccari e demais estrelas do partido não passam de vítimas de uma perseguição injusta movida contra eles pela Lava Jato, o PT deveria sair também em defesa do professor Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda e da Agricultura dos governos da ditadura militar de 64, acusado, tanto quanto os outros, de trampolinagens com o dinheiro público.
Quando nada porque Delfim foi um conselheiro leal de Lula, ajudou-o em tudo que estava ao seu alcance, e até hoje evita criticá-lo. A mesma obrigação teria o presidente Michel Temer, a quem Delfim aconselha desde que ele sucedeu a Dilma, e a quem defende nas horas mais amargas do governo. Não se abandona companheiros no meio do caminho. E Delfim foi um bom e discreto companheiro do PT e de Temer.