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O melhor jazz do mundo, no povoado medieval de Marciac

Música

Por Flávio de Mattos
Atualizado em 10 ago 2018, 16h00 - Publicado em 10 ago 2018, 16h00
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  • Para um aficionado, estar em um festival como o Jazz In Marciac, é uma experiência quase mística. Marciac é um pequeno vilarejo medieval, perdido no interior da França, que no verão se transforma na capital mundial do jazz. Fundada em 1.298, a cidade tem 1.350 habitantes e recebe cerca de 250 mil visitantes, nesses dias. Ali se respira jazz de manhã, de tarde e, ainda mais, à noite, nos concertos dos maiores nomes do jazz de todo o mundo.

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    O sucesso do evento se deve à qualidade de sua programação. A edição deste ano, inaugurada dia 27 de julho, teve nomes como Wynton Marsalis, Chick Corea, Pat Matheny, Brad Mehldau, Abdullah Ibrahim, Gregory Porter, Joe Lovano e Dave Holand, para citar alguns. Seu espaço principal é uma grande tenda, com seis mil lugares, onde se apresentam sempre duas atrações a cada noite, durante quase três semanas.

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    Ao mesmo tempo, uma programação paralela tem lugar no Auditório L’Astrada, uma sala de 500 lugares. Neste ano, ali estiveram o guitarrista Julian Lage, a cantora Zara McFarlane, a baixista polonesa King Glyk, entre os novos talentos. Também o veterano pianista Kenny Barron e o consagrando trompetista italiano Enrico Rava.

    O festival foi criado em 1977 pelo então jovem professor Jean-Louis Guilhaumon e o saxofonista Guy Lafitte, com o objetivo de preencher a carência cultural do lugarejo. A dupla teve o apoio do trompetista Bill Coleman, que morava na França e facilitou os primeiros contatos com os músicos americanos.

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    Desde 1991, o trompetista Wynton Marsalis é um dos grandes patrocinadores do festival. Ele está lá todos os anos, tocando e ministrando cursos de jazz para os jovens estudantes. O músico tornou-se a figura simbólica do Jazz In Marciac e tem até uma estátua sua na praça do auditório L’Astrada.

    Wynton Marsalis e seu quinteto protagonizaram um dos concertos mais destacados desta 41.a edição do festival. O grupo teve a participação especial de seu pai Ellis, ao piano, e seu irmão Branford, no saxofone. Os Marsalis fizeram uma apresentação primorosa, com um repertório de clássicos do jazz além de composições de Wynton Marsalis.

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    Contudo, quem arrebatou a plateia do Jazz in Marciac 2018 foi o pianista Brad Mehldau e seu trio, com Larry Grenadier, no baixo; e Jeff Ballard, na bateria. Mehldau é dono de uma técnica surpreendente, em que a mão esquerda ganha um protagonismo inusitado nos solos. A arte do trio é uma de suas grandes forças de expressão, como ele demonstrou com sua composição For David Crosby, que abriu o concerto. Depois, Mehldau deslumbrou a plateia com o tema de Cole Porter I concentrate on You.

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    Ainda falaremos de Brad Mehldau em uma próxima ocasião. Por enquanto vamos assistir sua apresentação na edição do Jazz In Marciac de 2011, em que ele atuou em duo com o saxofonista Joshua Redman. Outro belíssimo concerto.

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    Flávio de Mattos é jornalista e escreve aqui sobre jazz a cada 15 dias. Dirigiu a Rádio Senado. Produz o programa Improviso – O Jazz do Brasil, que pode ser acessado no endereço: senado.leg.br/radio 

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