Tão logo soube do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência Standard & Poor’s, o governou agiu como previsto nos gastos manuais sobre a arte de enganação do distinto público – tirou o seu da reta e providenciou outro. No caso, o do Congresso, a Geni de nove entre 10 governos em apuros.
O rebaixamento da nota não se deve à falta de aprovação da reforma da Previdência. A Standard & Poor’s e agências semelhantes, bem como a maioria dos economistas nativos, convenceram-se há muito tempo que a reforma só será aprovada depois da posse do futuro presidente. Temer insiste com ela por dever de ofício.
O resultado primário das contas públicas é o que importa. E o país tem registrado déficits primários gigantescos. O governo enfrenta dificuldades em aprovar medidas de ajuste e em avançar no cumprimento de outras promessas do seu plano “Uma ponte para o futuro”, divulgado há mais de dois anos.