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Alberto Fraga, o queridinho de Bolsonaro, volta a disparar em Moro

De olho no ministério que poderá ser fatiado

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h11 - Publicado em 27 jan 2020, 08h00
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  • No último sábado, o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), amigo de Jair Bolsonaro há mais de 20 anos, registrou queixa na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de Brasília porque teve clonado o aplicativo de WhatsApp e perdeu todas as conversas dos chats do seu telefone, algumas delas mantidas com o presidente da República.

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    Ele recebeu uma mensagem que seria do gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) convidando-o para um encontro. Para confirmar, Fraga deveria digitar um código – e ele o fez. Só depois percebeu que havia sido vítima de um golpe. “Liguei para um amigo meu que me orientou a desinstalar o aplicativo. Quando voltou, já não tinha mais nenhuma conversa”, contou Fraga.

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    Ontem, em conversa com a repórter Ana Maria Campos, do Correio Braziliense, Fraga voltou a praticar seu esporte favorito desde que Bolsonaro admitiu dividir o atual Ministério da Justiça e da Segurança Pública: bater no ex-juiz Sérgio Moro, a quem chama de “o queridinho da imprensa”. Ex-líder da bancada da bala, na Câmara, ele ambiciona uma vaga no governo Bolsonaro.

    “Não tenho nada contra o Moro, mas defendo uma pasta de segurança isolada”, justifica Fraga, antigo policial. À pergunta se Moro vai mal onde está, responde: “Não serei grosseiro a esse ponto. Reconheço o valor dele como grande jurista. Agora, dizer que ele entende de segurança também é demais.” Mas os índices de criminalidade não estão em queda? – insistiu a repórter.

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    Fraga argumentou: “Vamos dar o mérito para as polícias estaduais. Qual foi a medida que o ministério adotou que favoreceu a segurança? Isolou líderes de facções nos presídios… Mas, quando fui presidente da CPI do Sistema Penitenciário, já defendia isso. Moro só liberou recursos para a segurança pública porque o Toffoli disse que não se pode contingenciar verba para a segurança.”

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    Sobre a popularidade de Moro, Fraga debocha: “Herói nacional? Herói nacional pra mim foi o Tiradentes. Joaquim Barbosa [ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal] também tinha popularidade.” Por ora, segunda Fraga, o Ministério da Segurança Pública não deverá ser recriado. No futuro próximo, quem sabe? E arremata:

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    – O presidente vai esperar. Acabei de falar com ele e ele disse que, na volta [da viagem à Índia], vamos falar sobre o assunto. Ele é o presidente e o Moro fica reclamando. Parece menino buchudo. O presidente não vai ficar com medo.

    Interlocutores de Fraga garantem que ele não atacaria Moro se Bolsonaro não o autorizasse a proceder assim. Moro pode até ficar com o ministério intacto por mais algum tempo, mas suas relações com Bolsonaro jamais voltarão a ser como eram antes.

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