Admirador de Trump, seguidor da máxima de que “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, o presidente Jair Bolsonaro gastou muita retórica e algum esforço para derrubar o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. Não conseguiu.
Meteu-se na eleição presidencial da Bolívia na tentativa de evitar uma possível vitória do candidato da esquerda apoiado pelo ex-presidente Evo Morales, exilado em Buenos Aires. Perdeu. O presidente argentino Alberto Fernández ganhou.
Só faltava agora o Chile, depois dos conflitos de rua que incendiaram o país e desgastaram o governo conservador de Sebastián Piñera, aprovar em plebiscito a convocação de uma Assembleia Nacional para mudar a Constituição. Não falta mais.
Com 99,69% dos votos apurados, o resultado do plebiscito foi a vitória do “aprovo” a nova Constituição por 78,2% contra 21,7% do “rejeito”. A Constituição atual é da época da ditadura do general Augusto Pinochet, aliado da ditadura militar brasileira de 64.
A vida para Bolsonaro não está fácil lá fora e poderá ficar pior se Trump for derrotado no próximo dia 3. A Amazônia pode pegar fogo à vontade que Trump não liga. Mas se Joe Biden, candidato do Partido Democrata, vencer, Bolsonaro vai ver só.