A terceira etapa do circuito mundial – e última na Austrália – vai começar! Depois de Gold Coast e Bells Beach, o tour chega ao oeste australiano. A janela de espera do Drug Aware Margaret River Pro vai de 8 (hoje à noite, no Brasil) a 19 de abril.
Margaret River é uma verdadeira caixinha de surpresas. A 277 quilômetros de Perth, a pequena cidade é constituída principalmente por fazendas e vinícolas. A costa de 135 quilômetros conta com 75 picos de ondas consistentes e potentes. O Drug Aware Pro, inclusive, pode acontecer em três locais diferentes.
No palco principal, as ondas podem quebrar de 2 a 20 pés, tanto para a esquerda, quanto para a direita. A esquerda é mais constante e, em algumas condições, é capaz de produzir um tubo pesado.
The Box é um dos picos alternativos da etapa. Lá, se formam apenas direitas tubulares muito rápidas, em cima de uma bancada de corais. A onda é difícil e, no mínimo, estranha, já que é extremamente oca. The Box não funciona com tanta frequência quanto o palco principal, pois exige uma combinação específica de fatores: ondulação de oeste com período alto e vento de leste.
A terceira opção é North Point, uma direita que, quando surge, é impecável. Para rolar, precisa de um swell grande de sudoeste e vento de leste. Em 2015, o pico ofereceu as melhores ondas da região, mas ainda não era um dos palcos alternativos do Drug Aware Pro. Este é o primeiro ano em que será possível assistir aos surfistas de elite competindo por lá.
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O evento em Margaret River acontece todo ano desde 1985, com exceção de 1988, 1991 e 1994. Curiosamente, 2016 é apenas o oitavo ano em que o local é escolhido para integrar o calendário da elite: foram cinco vezes (85, 86, 87, 89 e 90) durante o antigo circuito da ASP e duas no WT, 2014 e 2015. De 1992 a 2013, Margaret River fez parte do WQS, a divisão de acesso. Foi neste período que o brasileiro Neco Padaratz foi campeão da etapa (2004).
Para a sorte dos postulantes ao título mundial, o retrospecto de Matt Wilkinson, vencedor dos dois últimos eventos, em Margaret não é dos melhores. Ele conseguiu um 13º lugar em 2014 e apenas um 25º em 2015. No último ano, inclusive, quem levantou o caneco foi Adriano de Souza, o Mineirinho. O taitiano Michel Bourez foi o campeão em 2014.
Para as garotas, o evento voltou ao tour em 2013. Nos dois primeiros anos, a havaiana Carissa Moore levou a melhor. Em 2015, a grande campeã foi a americana Courtney Conlogue, atual líder do ranking, com um segundo lugar em Gold Coast e um primeiro lugar em Bells Beach.
Confira as baterias do primeiro round do Drug Aware Margaret River Pro:
1. Jeremy Flores (FRA), Taj Burrow (AUS), Alex Ribeiro (BRA)
2. Julian Wilson (AUS), Kai Otton (AUS), Adam Melling (AUS)
3. Matt Wilkinson (AUS), Stuart Kennedy (AUS), Dusty Payne (HAV)
4. Italo Ferreira (BRA), Kanoa Igarashi (EUA), Jack Robinson (AUS)
5. Gabriel Medina (BRA), Davey Cathels (AUS), Leonardo Fioravanti (ITA)
6. Adriano de Souza (BRA), Keanu Asing (HAV), Jacob Willcox (AUS)
7. Jordy Smith (AFR), Michel Bourez (TAH), Alejo Muniz (BRA)
8. Nat Young (EUA), Caio Ibelli (BRA), Matt Banting (AUS)
9. Joel Parkinson (AUS), Conner Coffin (EUA),Ryan Callinan (AUS)
10: Kelly Slater (EUA), Kolohe Andino (EUA), Miguel Pupo (BRA)
11: John John Florence (HAV), Adrian Buchan (AUS), Sebastian Zietz (HAV)
12: Wiggolly Dantas (BRA), Josh Kerr (AUS), Jay Davies (AUS)
Confira as baterias do primeiro round do Drug Aware Margaret River Pro (W):
1. Tatiana Weston-Webb (HAV), Bianca Buitendag (AFR), Keely Andrew (AUS)
2. Sally Fitzgibbons (AUS), Malia Manuel (HAV), Chelsea Tuach (BRB)
3. Courtney Conlogue (EUA), Alessa Quizon (HAV), Felicity Palmateer (AUS)
4. Carissa Moore (HAV), Sage Erickson (EUA), Laura Enever (AUS)
5. Tyler Wright (AUS), Nikki Van Dijk (AUS), Coco Ho (HAV)
6. Johanne Defay (FRA), Stephanie Gilmore (AUS), Bronte Macaulay (AUS)