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Agenda social ganha relevância

O tema do emprego será um grande desafio para o governo

Por Murillo de Aragão Atualizado em 4 jun 2024, 15h08 - Publicado em 2 out 2020, 06h00
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  • Velas acesas em memória dos civis, soldados mortos e dos reféns, na Praça Dizingof. em Israel. 12/10/2023
    Mulher segura carteiras de trabalho em posto da Previdência Social no Rio de Janeiro (RJ) (Carl de Souza/AFP)

    Apesar do cenário econômico adverso, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro se mantém em patamares elevados. Mesmo assim, o presidente tem uma série de desafios pela frente, principalmente na área social e, mais especificamente, envolvendo o emprego.

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    De acordo com a pesquisa CNI/Ibope, divulgada no fim de setembro, na avaliação das áreas de atuação do governo, 60% dos entrevistados desaprovaram a atuação do governo no combate ao desemprego. Apenas 37% consideraram o desempenho do governo positivo na área.

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    Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em agosto, o país registrou cerca de 12,9 milhões de desempregados. Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,6%, a mais alta no acumulado mensal desde então.

    Como a popularidade de Bolsonaro está concentrada sobretudo nos setores de menor renda e escolaridade — em sua maioria trabalhadores informais e beneficiados pelo auxílio emergencial —, o tema do emprego será um importante desafio para o governo nos próximos meses.

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    Mesmo que a redução do valor do auxílio de 600 para 300 reais não tenha impactado negativamente a popularidade do presidente, a flexibilização do isolamento social está levando muitos desempregados a sair para procurar trabalho.

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    Como a oferta de vagas, mesmo com a retomada da atividade econômica, deve ser menor que a procura, poderá ocorrer um aumento da insatisfação social com a gestão do governo nessa área.

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    “A substituição do auxílio emergencial será fundamental para Bolsonaro não perder o apoio que tem hoje”

    Isso ajuda a explicar o debate em torno da possível concessão de duas parcelas extras para quem for demitido sem justa causa. Se o benefício for concedido, a medida deverá atender cerca de 6 milhões de pessoas, com um impacto nas contas públicas calculado em 16,1 bilhões de reais.

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    É por causa desse cenário social que a criação de um programa de transferência de renda em substituição ao auxílio emergencial — que terminará em janeiro — será fundamental para Bolsonaro não perder o apoio que tem hoje.

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    Da mesma forma que a proposição de programas que estimulem investimentos em habitação, saneamento, irrigação e construção pesada.

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    Como Bolsonaro tem sua aprovação ancorada em segmentos diretamente impactados pela economia, medidas que ajudem a amenizar as consequências sociais da pandemia gerada pelo coronavírus devem ser vistas cada vez com mais simpatia pelo núcleo político do governo.

    Nesse cenário, novos embates com a equipe econômica, atenta à questão fiscal, podem acontecer, principalmente se não for possível aprovar no Congresso novas fontes de recursos para financiar tanto os programas sociais quanto os investimentos em infraestrutura.

    Paradoxalmente, a popularidade retumbante de Bolsonaro se deve, em parte, às políticas de Guedes. Seu sucesso, porém, não tem sido suficiente para conter uma crescente impaciência do governo com a equipe econômica em viabilizar verbas para projetos e iniciativas.

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    Publicado em VEJA de 7 de outubro de 2020, edição nº 2707

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