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Por que protestos duram tanto nos EUA? Prefeitos e governadores apoiam

Governantes democratas como Ted Wheeler, o prefeito que até chorou com gás lacrimogêneo, dão fôlego a manifestações – e pensam nas eleições de novembro

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 31 jul 2020, 10h33 - Publicado em 31 jul 2020, 08h52
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  • Os protestos que se desdobram nos Estados Unidos desde a morte de George Floyd são bons ou são ruins para Donald Trump?

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    Podem ser as duas coisas.

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    Favorecem Trump, em posição debilitada nas pesquisas, se as imagens de baderna atraírem de volta eleitores conservadores que estão insatisfeitos com o modo como o presidente se comporta durante a pandemia.

    Desfavorecem se a dupla crise, magnificada constantemente pelos veículos de comunicação, passar a imagem de um presidente que racha o país, não se importa com os casos de discriminação racial e incita uma grande parcela da população a apoiar os protestos.

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    Por isso, existem componentes políticos que vão além do movimento liderado pelo Black Lives Matter e a miríade de grupos que orbitam em seu entorno, indo de simpatizantes espontâneos até o pessoal barra pesada do Antifa.

    Nos Estados Unidos, prefeitos das cidades maiores quase integralmente democratas, refletindo as preferências de populações mais liberais ou mais necessitadas dos eternos cheques do governo.

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    Nos estados onde a população do interior pesa mais, existe um equilíbrio maior. Atualmente, são 26 governadores republicanos e 24 democratas.

    Os prefeitos, que têm autoridade sobre as polícias locais, estão tendo um papel decisivo na onda de manifestações que há muito extrapolou a reivindicação inicial de justiça para George Floyd (todos os policiais envolvidos estão presos ou processados).

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    Em Minneapolis, onde tudo começou, o prefeito Jacob Frey mandou a polícia sair da delegacia cercada por manifestantes e posteriormente incendiada.

    Chegou a ir a um dos protestos, atitude depois imitada por Ted Wheeler, o prefeito de Portland, a maior cidade do estado de Oregon onde se concentram as manifestações do momento.

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    Wheeler não só discursou perante os manifestantes como sentiu os efeitos do gás lacrimogêneo no pico dos protestos, quando agentes do Departamento de Segurança Interna foram mandados para proteger dos ataques um tribunal da justiça federal.

    “Arde. É difícil respirar. Posso dizer com 100% de honestidade que nunca vi nada que provocasse uma reação assim”, disse ao New York Times.

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    “Mas não estou com medo. Estou **** da vida”.

    Manifestantes mais experientes deram risada do tema que dominou um dos dias mais movimentados: “Tom Wheeler nunca levou gás na cara”.

    Wheeler chegou a proibir que a polícia local coordenasse as ações com os agentes federais.

    A governadora de Orgeon, a democratíssima Kate Brown, que fez várias declarações de apoio aos “manifestantes pacíficos” enquanto o tribunal corria risco de ser incendiado, também tentou impedir a intervenção federal.

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    Agora, os agentes federais estão sendo retirados, depois de cenas impressionantes de ataques e contra-ataques entre manifestantes e forças policiais.

    Os protestos também tendem a refluir, como aconteceu em Seattle, no estado de Washington, onde vigorou uma “zona autônoma” durante quase um mês depois que a prefeita Jenny Durkan mandou uma delegacia no centro da cidade a passar a chave e ir embora.

    A comuna de Seattle teve que ser interrompida em seus encantos utópicos depois de incidentes de tiroteios e assassinatos.

    Os protestos de Portland não chegaram a tanto, mas deram uma prova a mais do esporte preferido pela esquerda – os “rachas”.

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    A direção local do Black Lives Matter rompeu relações com as integrantes do Muro de Mães, mulheres que davam os braços e formavam uma corrente para proteger os manifestantes, desafiando os agentes policiais a revidar contra senhoras inocentes.

    Ou não tão inocentes assim. A líder do grupo fez o registro comercial do nome do grupo (WOM, no acrônimo em inglês) e foi acusada de “antinegritude”.

    Quando as senhoras afirmaram que passariam as posições de liderança a mulheres negras, já era tarde.

    A eleição presidencial de novembro – e também de uma parte das câmaras de deputados e senadores – garante que os protestos podem refluir, mas não vão passar. Isso se não acontecer outro caso escandaloso.

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    Com menos de três meses até lá, não faltarão interessados em tocar fogo nas ruas, literal e simbolicamente.

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