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Por Vilma Gryzinski
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Está Joe Biden mentalmente apto a ser presidente dos Estados Unidos?

As confusões se acumulam quase diariamente e cresce o número de americanos preocupados com a sua capacidade de partir para um segundo mandato

Por Vilma Gryzinski 9 fev 2024, 07h58

“Minha memória está boa”, disse o senhor idoso, exasperado.

Quem tem um mínimo de empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, sofre de aflição a cada vez que Joe Biden enfrenta um microfone.

Confundir um nome ou errar uma data são escorregadas previsíveis para alguém com 81 anos, mas quando esse alguém é presidente dos Estados Unidos, além da aflição, dá um certo medo.

Nos últimos dias, ele falou sobre o “presidente francês Mitterrand” e sobre o “chanceler alemão Helmut Kohl”, quando nas reuniões referidas estavam presentes Emmanuel Macron e Angela Merkel e os líderes mencionados já tinham partido para o plano superior. Não conseguiu lembrar o nome do Hamas, um dos mais repetidos do momento. Ontem, confundiu o Egito com o México.

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“HOMEM DE IDADE”

Espantosamente, estava tentando desfazer a má impressão deixada pelo relatório em que foi descrito pelo promotor especial Robert Hur, que investigou o desvio de documentos sigilosos da época em que foi vice-presidente, como alguém que se apresenta na condição de “um homem de idade simpático e bem intencionado, com memória fraca”. Nas entrevistas ao investigador, não se lembrou da data exata em que foi vice de Barack Obama nem quando seu filho mais velho, Beau, morreu precocemente de câncer, assunto traumático sobre o qual chegou a escrever um livro.

Em outro sinal de que a coisa está feia, o presidente dispensou uma das chances mais cobiçadas por qualquer ocupante da Casa Branca: dar entrevista amiga a uma emissora de televisão transmitida durante a ansiosa espera nacional pelo Super Bowl, a final do futebol americano que será nesse domingo.

Por que perder uma chance como essa, de falar ao país inteiro praticamente sem contestação num ano eleitoral?

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Para não dar vexame, obviamente.

SINAIS DE DECLÍNIO

Como pode o presidente do país mais poderoso da história da humanidade, que produz 25% do PIB mundial e está em fase de crescimento, uma notícia que normalmente seria explorada ao máximo, ter medo de entrevista, uma coisa que passou a vida inteira fazendo (muitas vezes repetindo as mesmas histórias, como aconteceu no caso de “Mitterrand” e “Kohl”)?

É claro que os americanos percebem os sinais de declínio cognitivo, mesmo aqueles sem a menor simpatia por Trump.

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Uma pesquisa da NBC mostrou os seguintes índices de preocupação com a saúde física e mental do presidente: pouca,13%; moderada, 14%, e grande, 62%.

Em relação a Trump, praticamente da mesma faixa etária, com 77 anos e uma recente confusão entre sua tíbia adversária republicana Nikki Haley e a democrata Nancy Pelosi, os índices são, respectivamente, de 17%, 14% e 34%.

Quando era presidente, nada menos que 27 psiquiatras, psicólogos e outros profissionais do gênero participaram do livro intitulado O Perigoso Caso de Donald Trump, argumentando, em favor da perigosa prática de fazer diagnósticos de saúde mental à distância, que uma pessoa “tão mentalmente instável como ele simplesmente não deveria ser depositário dos poderes de vida e morte da presidência”.

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É diferente fazer um diagnóstico desses e notar as falhas de memória e a desorientação espacial demonstradas por Biden.

“É perigoso para nossa nação e um presente para nossos inimigos ao redor do mundo”, disse o New York Post, obviamente de oposição.

MOMENTO DE INCERTEZA

Ao contrário dos prognósticos, Biden preside uma economia que não entrou em recessão e está batendo em 27 trilhões de dólares, com crescimento acima de 3% e desemprego abaixo de 4%. É certo que Biden também está gastando horrores, com uma dívida de estonteantes 34 trilhões – mas o mundo está cheio de líderes gastadores com crescimento econômico pálido.

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Sobre o exercício da força, o drone que incinerou em Bagdá, no meio do trânsito, o carro onde ia um líder da milícia xiita Kataib Hezbollah, responsável “por planejar diretamente e participar” do ataque que matou três militares americanos, mostrou que Biden optou por uma resposta moderada, mas não desdentada.

Os Estados Unidos vivem um momento de incerteza, com a possibilidade de que Donald Trump se torne inelegível ou altamente repudiável pelos processos na justiça, somada às preocupações crescentes com a aptidão de Joe Biden. Atualmente, ele tem 37% de aprovação e ainda com espaço para piorar.

Como chegarão ambos a 5 de novembro?

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