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Donald Trump, segunda parte: ex-presidente fica mais perto da reeleição

O derretimento de Joe Biden vai aparecendo cada vez mais nas pesquisas e a saraivada de processos contra adversário não parece funcionar

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 9 Maio 2024, 18h30 - Publicado em 15 dez 2023, 08h13

Quanto mais bate, mais cresce. É assim que tem funcionado a “receita de bolo” de Donald Trump: com 91 acusações de crimes que dariam cadeia em diferentes processos, ele vai deixando para trás o atual ocupante da Casa Branca – e enlouquecendo os adversários com gestos altamente controvertidos como leiloar por cinco mil dólares pedacinhos do terno com que “posou” para a foto viral de sua primeira ficha na polícia.

Argentário, arrivista, despreparado, desequilibrado, ignorante, narcisista ou, nas opiniões mais extremas, psicopata. Falem mal, mas falem dele é uma tática que, incrivelmente, tem dado certo de novo para Trump.

O desejo de renovação que fatias do eleitorado alimentam, sonhando com uma campanha presidencial em que nem Joe Biden nem Donald Trump fossem os nomes nas cédulas, retrocede diante da crescente impressão de que o presidente não está dando certo e, com sinais cada vez mais visíveis de senilidade, vai continuar numa linha descendente.

Uma pesquisa da CNN coloca Trump com cinco pontos à frente de Biden – 49% a 44% – no estado Georgia. Em Michigan, a diferença é maior ainda: 50% a 40%. Detalhe: Biden ganhou em ambos na última eleição.

“Amplas maiorias nos dois estados têm opiniões negativas do presidente atual em matéria de desempenho, posições políticas e acuidade mental”, anotou a emissora.

Outra pesquisa respeitada, do Wall Street Journal, dá Trump na frente, na esfera nacional, por 47%, contra 43% para Joe Biden. Byron York, do Washington Examiner, mencionou o retrato devastador traçado pelo analista Sean Trende: “Trump tem uma vantagem de dois dígitos sobre melhor capacidade para lidar com economia, inflação, crime, controle da fronteira, guerra da Ucrânia, conflito israelense”. A única vantagem equivalente de Biden é em matéria de direito ao aborto.

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SEDE DE VINGANÇA

É cedo, cedíssimo, para especular como seria um governo Trump, parte dois. E também irresistível. Os políticos democratas e a maioria dos órgãos de imprensa pintam, obviamente, um retrato devastador, com Trump como um risco para a democracia que assumiria com sede de vingança e impulsos ditatoriais.

Foi o maior escândalo quando Trump declarou, numa entrevista amistosa a Sean Hannity, da Fox, que seria “ditador” apenas no seu primeiro dia de governo, para fechar a fronteira com o México, aberta na prática por Biden, com um fluxo descontrolado de imigrantes irregulares difícil de entender até para o mais antitrumpista dos americanos.

Analistas conservadores, obviamente, falam o exato oposto. O britânico Con Coughlin diz que “somente Trump pode salvar o mundo livre”. Como assim? “Os três anos de Joe Biden na Casa Branca foram amplamente caracterizados por seu pendor para a capitulação, desde a retirada caótica do Afeganistão até sua vacilação constante em relação à Ucrânia”.

“Agora, está vacilando em relação a Israel, questionando se as táticas de Jerusalém estão alienando a opinião mundial. Deveria estar pressionando os líderes mundiais para dar aos israelenses o apoio que eles merecem na sua hora do perigo”.

“VAIDOSO E ERRÁTICO”

É claro que existem argumentos para a posição exatamente contrária: Trump vai entregar a Ucrânia de bandeja ao seu admirado Vladimir Putin, ainda mais agora que os russos estão, se não por cima, firmemente plantados nas suas linhas defensivas no campo de batalha. A posição dos republicanos trumpistas, de condicionar um novo pacote de ajuda à Ucrânia a grandes verbas para intervenção no descontrole migratório, mostra exatamente isso.

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“Trump não é nenhum Churchill”, reconheceu Con Coughlin. “O empresário bilionário é vaidoso e errático demais para ser comparado ao grande estadista britânico. No entanto, é perfeitamente possível que Trump que, dado seu antecedente na administração de de diversos e importantes desafios em matéria de segurança, o retorno político do ex-presidente possa galvanizar o ocidente a adotar uma posição mais robusta em relação a agressores como Rússia e Irã”.

Talvez haja um grande componente de expressão de desejos nessa análise. Espertamente, Trump tem cultivado a ambivalência em todos os grandes temas internacionais, exceto por repetir sempre que nada disso teria acontecido sob sua administração.

Dentro de um mês, em 15 de janeiro, já acontece a primeira eleição primária, no estado de Iowa, desencadeando o processo de escolha dos candidatos. Trump tem uma folgada maioria de 51% entre os eleitores republicanos, contra 19% para Ron DeSantis e 16% para Nikki Haley.

Quanto mais baterem nele até lá, mais crescerá.

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