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Cortou o Brasil e foi jogar golfe; o pior da epidemia passou

Basta olhar jornais e sites para ver como a política, e principalmente Donald Trump, voltam a ocupar as manchetes e o centro das atenções

Por Vilma Gryzinski 25 Maio 2020, 07h38
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  • A inclusão do Brasil na lista dos proibidões pelos Estados Unidos não deve ser vista nem como uma ofensa pessoal de Donald Trump ou sinal de desprestígio do país.

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    Os brasileiros, juntamente com os indianos, passaram a fazer parte de um vasto grupo que inclui China e membros da União Europeia. Ou seja, quase toda a população do planeta.

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    Claro que é inútil dizer isso, pois a epidemia ganhou um grau tal de politização que um filtro único – é bom ou ruim para o governo Bolsonaro – orienta qualquer conclusão.

    Só para lembrar: as fronteiras entre os próprios países europeus continuam fechadas. 

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    Mas o arrefecimento da pandemia já está trazendo para o centro das atenções a retomada do turismo, vital para a economia de muitos países europeus, mesmo que sob grandes restrições.

    É um dos vários sinais de que o pior, em termos de doença, já passou (a baderna armada nas ruas de Nápoles e outras cidades italianas na primeira noite de ”liberdade”, é outro; nem jovens descabeçados caem na balada quando a doença está no pico).

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    Mesmo nos Estados Unidos, que se aproximam das 100 mil mortes, a política vai reocupando seu lugar.

    Até o fato de que Donald Trump foi jogar golfe pela primeira vez desde a explosão da pandemia nos Estados Unidos tem um lado positivo: apesar dos números estarrecedores, o refluxo já é um dado instalado.

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    Trump também voltou seu Twitter para assuntos alheios à pandemia, com a mão pesada de sempre.

    Parte da virada de página se deve ao fato de que ele tem uma eleição a ganhar (ou a sofrer uma derrota histórica, segundo torce a oposição).

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    Pela média das pesquisas, está com com 42,9% das preferências, contra 48,4% para Joe Biden. Isso, claro, tem que ser colocado no contexto. 

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    Quase 43% dos votos não é nada desprezível, principalmente para um presidente que, se fosse julgado apenas pela grande imprensa, deveria ter perto de 0%.

    Trump esperou mais para a proibir a entrada de brasileiros (22.666 mortos pela última contagem) e indianos (4.042) porque tem afinidade com seus chefes de governo. 

    Do ponto de vista americano, considerando-se as outras nacionalidades com entrada proibida (inclusive países com baixíssimo número de vítimas do novo vírus), deveria ter feito isso antes. 

    E, obviamente, se a epidemia no Brasil tivesse números menos avassaladores, o país não entraria na lista.

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    A retomada da “normalidade” nos países mais afetados pela pandemia pode ser conferida apenas pelas manchetes de jornais e sites.

    Na Inglaterra, a Covid-19 é apenas um detalhe no turbilhão político que envolve o assessor especial de Boris Johnson, Dominic Cummings.

    Cummings descumpriu as regras da quarentena quando viajou à casa dos pais. A mulher dele já estava contagiada e ele presumiu que seria o próximo. Queriam apoio para o filhinho de quatro anos.

    O motivo mais do que razoável não afetou a tempestade política. Inclusive entre membros do Partido Conservador, revoltado com Boris Johnson por ter ficado do lado de Cummings.

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    Na França, o tema dominante são as sacrossantas férias de verão. Sem poder viajar ao exterior, os franceses agora disputam lugares em seu próprio país – não faltam atrações espetaculares.

    Planejar férias ou discutir eleição presidencial parece até absurdo diante das vítimas do novo vírus, mas pode ter uma leitura positiva: é a força da vida que se reafirma.

    E da política também, embora em termos muito menos animadores.

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