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Ricardo Piglia: Nobel Vargas Llosa é ‘superficial’

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Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2018, 23h08 - Publicado em 13 nov 2010, 20h40

O argentino Ricardo Piglia, um dos principais nomes da literatura portenha, literalmente suava a camisa, no início da noite deste sábado, pouco após a mesa que protagonizou na Fliporto, a Festa Literária Internacional de Pernambuco – o Porto vem de Porto de Galinhas, antiga sede do evento, que este ano adotou o centro histórico de Olinda. A temperatura local não é fácil para quem vive dividido entre Buenos Aires e Princeton, Estados Unidos, onde é professor. Mas ele diz gostar da troca de clima e, bem à vontade, comenta a entrega do Nobel de Literatura ao peruano Mario Vargas Llosa, este ano, com exclusividade a VEJA Meus Livros.

“É bom para a literatura castellana”, diz, “Mas, bom, eu não quero parecer antipático, mas os livros dele são superficiais. Sua representação da América Latina é esquemática, ele persegue moldes europeus. (Jorge Luis Borges) apresentava uma América Latina muito mais complexa, mas nunca poderia ser reconhecido com um Nobel porque não escrevia romances, fazia contos, que são considerados menores.”

O chileno Roberto Bolaño, o maior sucesso latino da atualidade, também recebeu elogios de Piglia. “É um alívio que entendam que a literatura latino-americana não é apenas Gabriel García Márquez e os idílios sobre o homem do campo.”

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Uma das sessões mais cheias do evento, que nunca chega a ficar realmente lotado, a mesa de Ricardo Piglia, no fim da tarde deste sábado, mais parecia um de seus livros, O escritor divagou sobre as afinidades literárias que alinham escritores diversos, agrupando-os segundo tópicos diferentes como a relação entre a carência e a escrita e a forma de entender o dinheiro. Para Borges, por exemplo, o dinheiro era uma metáfora, já que poderia corresponder a coisas tão distintas como uma música de Brahms e uma viagem.

Em junho de 2011, a Companhia das Letras lança Blanco Noturno, primeiro romance de Piglia em treze anos. O escritor explica que não ficou treze anos sem escrever desde Dinheiro Queimado, seu último romance, mas que passou todo esse tempo desenvolvendo o romance, porque inicia um livro com as personagens, que considera os elementos fundamentais dos livros, e as histórias entre elas demoram a nascer. Blanco Noturno é um policial, gênero de afeição do argentino – como também o era de Borges -, e traz o alter-ego do escritor, o personagem Emilio Renzo, de quem, conta Piglia revelando seu próximo projeto, planeja escrever uma biografia.

Maria Carolina Maia

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