O romance histórico Toda Luz que Não Podemos Ver não faz parte da lista de best-sellers da Intrínseca, a editora de fenômenos como Cinquenta Tons de Cinza, mas deve receber um empurrãozinho nas vendas com o anúncio, feito nesta segunda-feira, de que é dele o Pulitzer de Ficção deste ano. Recém-lançado no país, o quinto livro do americano Anthony Doerr, historiador de formação, o romance entrou para a lista dos mais vendidos do The New York e foi finalista de outra premiação importante, o National Book Awards, em 2014.
Toda Luz que Não Podemos Ver conta duas histórias que se cruzam. Uma delas é a de Marie-Laure, uma menina que fica cega aos seis anos, em Paris, e foge com o pai da cidade quando ela é ocupada pelos nazistas, em 1940, para Saint-Malo. Chaveiro do Museu de História Natural da capital francesa, o pai leva com ele, na fuga, um dos tesouros da instituição. A outra história é sobre o órfão Werner, que cresce em uma região de minas na Alemanha e, depois de encontrar um rádio e mostrar habilidade em operá-lo, consegue vaga em uma escola nazista, de onde é enviado para uma missão em Saint-Malo, onde deve descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia.
Toda Luz que Não Podemos Ver é o segundo romance de Doerr, que já publicou um livro de memórias e dois volumes de contos.
Confira os vencedores das outras categorias literárias do Pulitzer 2015:
Ficção: Toda Luz que Não Podemos Ver, de Anthony Doerr
Peça de teatro: Between Riverside and Crazy, de Stephen Adly Guirgis
Livro de história: Encounters at the Heart of the World: A History of the Mandan People, de Elizabeth A. Fenn
Biografia: The Pope and Mussolini: The Secret History of Pius 6º and the Rise of Fascism in Europe, de David I. Kertzer
Poesia: Digest, de Gregory Pardlo
Não ficção: The Sixth Extinction: An Unnatural History, de Elizabeth Kolbert
Música: Anthracite Fields, de Julia Wolfe