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Clássicos da prosa universal em formato de bolso

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Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2018, 23h13 - Publicado em 29 out 2010, 09h12

Livro no Brasil não é um produto de feira. Seu preço, definitivamente, não permite que seja adquirido com facilidade no mercado. Mas há opções que, se não baratas, pelo menos oferecem preços mais  convidativos, como os livros de bolso. VEJA Meus Livros selecionou alguns clássicos da literatura relançados em versão mini, no Brasil, neste ano.

  • . Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley

(Globo de Bolso, 312 páginas, 13 reais)

Livro de 1931 que mantém a sua atualidade por tratar de perigos que atravessam as relações humanas em todos os tempos: a ambição, a sede de status e o amor ao poder – e a supostas verdades – que fazem com que uns se sintam autorizados a subjugar outros. Considerada a obra mais importante do britânico Aldous Huxley, é uma espécie de fábula futurista em que as consequências funestas de um regime totalitário são levadas ao extremo. Em um sistema científico de castas, a livre vontade perdeu lugar para um condicionamento metódico. Ideologias são inculcadas às pessoas à noite, durante o sono. A servidão humana é bem aceita e compensada com doses de felicidade química contidas no Soma, a droga do futuro.

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  • . Eles Eram Muitos Cavalos, de Luiz Ruffato

(BestBolso, 148 páginas, 12,90 reais)

Um dos últimos romances brasileiros a fazer barulho, pela forma livre como o autor, o jornalista Luiz Ruffato, constrói a narrativa, Eles Eram Muitos Cavalos acaba de ganhar uma edição em formato pocket pela BestBolso, braço do grupo Record. O livro, cuja história se passa toda num único dia, o 9 de maio de 2000, é formado por 69 textos curtos que são pedaços do caos que é a metrópole paulistana. Como uma espiral vertiginosa, o romance envolve o leitor com sotaques e sangues diferentes, conflitos familiares, classes baixa e média e alta e baixa, poluição e sujeira no meio-fio, fés e orações, contos de amor e de ódio. Para não perder o fôlego nesse movimento contínuo, o melhor é sorver o livro num gole só, degustando cada experimentação feita pelo autor: do trato dado às palavras à formatação do texto.

  • . Respiração Artificial, de Ricardo Piglia

(Companhia de Bolso, 200 páginas, 19 reais)

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Considerado um dos maiores romances da literatura argentina, foi publicado pela primeira vez em 1981, durante a ditadura militar portenha, cuja tensão ecoa no livro. Conta a história da relação epistolar entre Emilio Renzi, alter ego recorrente de Piglia, e seu tio Marcelo. Renzi é um escritor iniciante, que faz uso, em seu primeiro livro, da versão da vida do tio narrada por sua família. Marcelo lê o romance e escreve ao sobrinho, esclarecendo os motivos de seu sumiço, diferentes daqueles que os parentes alimentam: ele esteve preso não por roubar a ex-mulher, mas por suas posições políticas. A partir daí, Renzi é atirado em uma trama com estilo detetivesco em que política, história e literatura se trançam, gerando suspense e profundidade. Vale a pena atentar às teorias de Renzi para a obra de alguns autores argentinos, especialmente para a de Borges, que, segundo o personagem, encerra a tradição da arte de influência europeia.


  • . Baterbly, o Escriturário, de Herman Melville

(Rocco Jovens Leitores, 96 páginas, 19,50 reais)

Do mesmo autor de Moby Dick, é constantemente comparado a O Processo, de Kafka, por conta de seu personagem principal: um copista que é esmagado pelo cotidiano no escritório. De tanto fazer a mesma coisa, copiar textos jurídicos horas e horas por dia, Baterbly vai se tornando repetitivo. Rejeita qualquer nova função com a mesma frase – “Prefiro não fazer” – e, nesse processo de robotização, vai perdendo as cores humanas e se tornando alheio ao mundo. A história é narrada em primeira pessoa por seu último patrão, um advogado de idade avançada.

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Maria Carolina Maia

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