Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Por que Bolsonaro cedeu

Presidente sabia que ia perder mais uma no STF

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 out 2021, 17h08 - Publicado em 6 out 2021, 17h04

A decisão de Jair Bolsonaro de se antecipar e informar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que fará seu depoimento presencialmente no caso que investiga a denúncia de interferência política na Polícia Federal foi tomada por um motivo, e por um motivo somente: o presidente sabia que ia sofrer mais uma derrota na corte.

Bolsonaro havia pedido a permissão para se manifestar por escrito nesse inquérito. E nesta quarta-feira o julgamento do caso foi retomado com o voto do ministro Alexandre de Moraes, mas acabou interrompido quando a Advocacia-Geral da União (AGU) admitiu que o presidente depor presencialmente.

A análise sobre o formato do depoimento de Bolsonaro teve início em outubro de 2020 e contou com o único voto do então relator, ministro Celso de Mello, que defendeu o depoimento presencial.

Ele se baseou no artigo 221 do Código de Processo Penal que dá a algumas autoridades a prerrogativa de depor por escrito, mas apenas se elas forem testemunhas. E Bolsonaro, lembrou o então decano, está neste caso como investigado.

A dificuldade maior de Bolsonaro seria fugir desse voto de Celso de Mello – o último que ele deu antes de se aposentar – feito com declarações muito fortes. O antigo decano afirmou que, apesar de ser presidente do país, Bolsonaro também é súdito das leis como qualquer outro cidadão.

Continua após a publicidade

Internamente no STF já se sabia que os colegas de toga de Celso de Mello iriam honrá-lo, até por uma questão de respeito ao tamanho que o ex-ministro tem para a história da corte.

Celso de Mello  foi enfático em dizer que ninguém, absolutamente ninguém, tem legitimidade para transgredir ou vilipendiar as leis e a Constituição do país – e fez um discurso pela democracia e pela igualdade de todos perante a lei, ao apresentar esse voto.

Basicamente, Bolsonaro “entregou os anéis para ver se fica com os dedos”. Quais são os dedos? A possibilidade escolher onde vai depor e quando, como sugere o informação da AGU sobre o novo posicionamento do presidente de depor presencialmente.

O  julgamento foi adiado novamente diante do novo fato.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.