A pesquisa da Quaest Consultoria, encomendada pela Genial Investimentos e divulgada nesta quarta, 12, por VEJA, traz uma conclusão importante sobre a migração de votos na disputa presidencial: os eleitores de Ciro Gomes e João Doria são os que mais facilmente mudam de ideia quando questionados sobre uma segunda opção de voto.
Segundo o levantamento, 40% dos eleitores de Ciro Gomes têm como segunda opção de voto o ex-presidente Lula. Entre os eleitores de Doria, 25% iriam para Lula como segunda opção. Isso mostra a importância desses eleitores para o petista.
Um ponto importante também é que, entre todos os eleitores, os que escolhem Ciro Gomes e João Doria são os que menos migram para brancos/nulos quando questionados sobre uma segunda opção.
Apenas 16% dos eleitores de Ciro votaria em branco ou nulo se ele não estivesse na disputa; em relação a Doria, 15% dos eleitores escolheria anular seu voto ou votar em branco sem a presença do tucano na disputa.
AUXÍLIO BRASIL
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, deve ficar de olho nos eleitores de seu ex-ministro Sérgio Moro. Questionados sobre uma segunda opção, 22% daqueles que têm Moro como primeira opção migrariam para Bolsonaro como alternativa. Nesse grupo, apenas 15% votaria em Lula como segunda opção.
A pesquisa também mostra que a aposta eleitoral de Bolsonaro no Auxílio Brasil dá sinais de que vai funcionar. A avaliação do governo melhorou entre os eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos que recebem Bolsa Família ou Auxílio Brasil.
A avaliação negativa, que em novembro atingiu o pico de 63 pontos, agora é de 53 pontos. Por outro lado, a avaliação regular subiu de 22 em novembro para 28 na pesquisa de agora. Já a avaliação positiva subiu de 13 em novembro para 17 agora.
A pesquisa é a primeira de 2022 e já dá bons sinais aos candidatos sobre o que deve ser feito ao longo do ano para aumentar as chances na corrida presidencial.
Enquanto Lula se mantém na liderança isolada, com chances inclusive de ganhar em primeiro turno, seus adversários precisam se debruçar nas pesquisas e nas estratégias se quiserem ter alguma chance contra o ex-presidente.