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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Patacoada militar de Bolsonaro afasta investidores. Entenda

Grandes empresas não querem investir em país com instituições instáveis, em que as regras podem mudar rapidamente. Paulo Guedes sabe disso

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 ago 2021, 16h09 - Publicado em 11 ago 2021, 12h34

A cena patética que o presidente Jair Bolsonaro comandou nesta terça-feira, 10, ao fazer um desfile de blindados provocou um prejuízo a mais para o Brasil. E permanente, ao afetar a imagem do país.

Nesta quarta-feira, 11, o influente jornal The New York Times publicou duas matérias sobre o Brasil, mostrando as cenas dos tanques na Esplanada. Isso causa um dano grave, e não é só por não ficar bem na foto.

Tem efeitos concretos na área da economia. As grandes empresas não querem investir em um país com instituições instáveis. Esse é o tipo de situação que gera o afastamento do investidor de longo prazo, interessado em realmente criar emprego no Brasil.

Pode até atrair o investidor de curto prazo, que estão querendo vir porque o juros estão subindo, para entrar e sair rapidamente do país – esse não se importa com os tanques. Mas o investidor sério, que quer fazer investimento de longo prazo no país, olha a qualidade das instituições.

Esse olhar tem a ver com o negócio. A qualidade das instituições, especialmente estáveis, significa que as regras não vão mudar rapidamente, que ele não vai ser apanhado  por eventuais mudanças de normas, ou do arcabouço legal do país.

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Os stakeholders, todas as pessoas que estão envolvidas nos negócios de uma empresa, desde os clientes até os fornecedores, querem investir em um país que busque o respeito à democracia, a sustentabilidade, a inclusão dos mais pobres e que combata o racismo.

Tudo isso hoje é um ativo econômico. Antigamente não era assim que as empresas viam, como bem sabe o ministro da Economia Paulo Guedes. Mas isso mudou no mundo globalizado.

Matérias como as que saíram no The Guardian, chamando o Brasil de República de Bananas, e agora no The New York Times, que fez duas matérias negativas sobre o país, têm um efeito direto na economia.

Ou seja, trata-se de mais um efeito colateral que o presidente Bolsonaro provocou. Além de querer intimidar os adversários políticos, ele acaba prejudicando a retomada do crescimento e a geração de empregos, afastando investidores.

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