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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O que Lula esqueceu em meio ao ataque a Israel

Petista deixa claro que quer o bolsonarismo radical como adversário em 2026. Não digam depois, se der errado, que a culpa é só da extrema-direita

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 10h10 - Publicado em 20 fev 2024, 14h53
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  • Dentro da frente ampla que elegeu Lula em 2022, e derrotou a extrema-direita, há brasileiros da extrema-esquerda, da centro-esquerda, do centro e até da direita democrática. No caso, representando a centro-direita.

    Compreenderam?

    Nenhuma dessas pessoas queria pagar para ver o que um líder sádico (amante da tortura), reacionário (quando lhe convém), golpista, populista e com uma visão terraplanista do mundo – cultuando, entre outras coisas, a estupidez – poderia fazer com o Brasil, se eleito para um segundo mandato.

    Pois bem!

    Muitas pessoas de centro e da centro-direita, por exemplo, não concordam, sob nenhum aspecto, com a última fala de Lula – e não é por não compreenderem a magnitude do horror cometido por Israel em Gaza após o ataque terrorista de 7 de outubro.

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    Ou antes.

    É porque o Holocausto tem o seu lugar na História como ponto de inflexão, a linha que dividiu a história pós-moderna entre o bem e o mal – o Iluminismo e as trevas (com maiúscula e minúscula mesmo) – na segunda grande guerra mundial.

    Após vencer o neofascismo tupiniquim, Lula já falou que a democracia é relativa na frente de Nicolás Maduro (existe emoji de revolta?) e comanda um governo que passa pano para as sistemáticas violações autoritárias de Daniel Ortega, na Nicarágua.

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    Lembrem-se que o jovem presidente do Chile, Gabriel Boric – representante da nova esquerda que nasceu na América Latina -, condenou, em solo brasileiro, a velha forma de fazer política de Lula.

    Se Lula quer Jair Bolsonaro (hoje, repito, hoje inelegível) – ou o bolsonarismo radical liderado por outra cobra do serpentário – como adversário em 2026, faz movimento arriscado envolvendo Israel. Existem outras formas de fazer isso.

    Se estiver ouvindo demais a esquerda radical dentro do petismo, é um erro e uma decepção. Estará soltando a mão (para usar uma expressão da esquerda) de quem o ajudou a chegar ao poder.

    Não precisa passar pano para as ditaduras de esquerda ou dar palanque para a extrema-direita, como já sabemos que acontecerá no próximo domingo, 25, ao redor de Bolsonaro-sem-passaporte na Avenida Paulista.

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