O mercado recebeu bem o novo arcabouço fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet.
A bolsa está subindo e o dólar está despencando diante das declarações do time do Lula sobre as novas regras para as contas públicas que substituirá, se aprovado no Congresso, o teto de gastos.
No governo, apurou a coluna, a grande preocupação é de que o relator da proposta será do PP, partido do Arthur Lira, presidente da Câmara, que chegou a dizer que Lula não tem base de apoio no Congresso.
O político alagoano, contudo, recuou nos últimos dias e, agora, afirmou ter gostado da proposta, prometendo a Haddad uma tramitação rápida.
Porém, tem uma importante pegadinha para o PT nessa escolha do relator da proposta.
É que o PP também é de Ciro Nogueira, que é 100% Jair Bolsonaro, o ex-presidente que desembarcou no Brasil elogiando logo a postura do parlamento perante o governo Lula (vai vendo!).
É justamente na Câmara e no Senado que o novo arcabouço fiscal será aprovado ou não.
O que Lula quer saber é: qual a calibragem das duas alas do PP – a de Lira e ou de Nogueira – que atuará na tramitação do projeto de lei crucial para o seu terceiro governo? O país precisa dessa resposta.