A escolha do procurador-geral do Ministério Público de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) é mais um aceno importante do governo Lula a Alexandre de Moraes.

É também uma resposta do novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a setores da sociedade que duvidam da sua capacidade de atuação na área de segurança pública, hoje o calcanhar de Aquiles da gestão petista.

Sarrubbo é tão ligado a Alexandre de Moraes quanto o novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, escolhido por Lula para chefiar o Ministério Público Federal após o ministro do STF fazer campanha para ele.

Alexandre de Moraes e Sarrubbo – que estará na linha de frente da política nacional de segurança – se conheceram quando o hoje presidente do Tribunal Superior Eleitoral era secretário de segurança do estado de São Paulo, ainda na gestão Geraldo Alckmin.

Desde então, os dois compartilham da mesma visão “linha dura” sobre o tema que é o principal motivo de dor de cabeça de Lula, e flanco usado por Jair Bolsonaro para atingir a gestão petista.

A atuação de Sarrubbo no ministério público de São Paulo e no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) são considerados agora trunfos do governo Lula.

Até por isso, nomes indicados pelo PT – como o de Benedito Mariano, secretário de segurança da cidade de Diadema – foram preteridos.

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