
No dia 23 de Junho, escrevi na coluna que Alexandre de Moraes tinha dado uma baita bola fora no caso Mauro Cid ao proibir que o general Lorena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, visitasse o filho na prisão.
Parecia errado naquele momento. E era.
Não se sabia, contudo, que Lorena Cid, colega do ex-presidente na Academia Militar das Agulhas Negras na década de 1970, estava completamente envolvido no caso da venda de joias. Ou, fazia parte da trupe atrapalhada de militares (e um advogado) de Bolsonaro.
Hoje se sabe.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, que havia voltado atrás da decisão, agora reiterou de vez a proibição do contato entre Mauro Cid pai e Mauro Cid filho.
Está certíssimo.
Os dois estão completamente envolvidos no esquema revelado pela Polícia Federal neste mês – com a investigação de crimes como lavagem de dinheiro e descaminho. Esses presentes recebidos de delegações estrangeiras como a Arábia Saudita deveriam ter sido incorporados ao patrimônio da União.
Isso, se a linha de apuração da PF estiver correta. Se a ideia da defesa for a acolhida pela Justiça, os bens poderiam ser vendidos pelo antigo ocupante do Palácio do Planalto e todo o caso será esquecido.