O ex-presidente Lula tem sido competente em montar palanques estaduais – vide o que conseguiu em Minas Gerais e em Pernambuco e a perspectiva do que pode conseguir em outros, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Mas, no Rio Grande do Sul, a situação não anda fácil para o petista.
Lá, a relação dos candidatos do PT e do PSB, como ocorre em terreno paulista entre Fernando Haddad e Márcio França, é bem diferente, como mostrou a Folha nesta quarta-feira, 1º.
Lula, Geraldo Alckmin, Gleisi Hoffman e Carlos Siqueira, presidentes do PT e PSB, sentaram juntos nesta terça, 31, pela primeira vez justamente para definir o quadro nacional e ver como melhorar as relações estaduais dos dois partidos.
Segundo apurou a coluna, ficou acertado que será construído um acordo geral, na base do “PT cede aqui, e o PSB cede dali”. São Paulo será chave, mas existem outros desafios.
Os candidatos gaúchos Edgar Pretto (petista) e Beto Albuquerque (pessebista) não se entendem e a “data limite” para a definição de palanques, dia 15 de junho, daqui a duas semanas, está chegando.
Pretto, do PT, aparece quase 10 pontos atrás de Albuquerque, do PSB. Enquanto a esquerda se divide no Rio Grande do Sul, o bolsonarista Onyx Lorenzoni, ex-ministro do atual governo, lidera com 21%.
Para completar, quando o ex-governador Eduardo Leite, que ainda sonha em entrar na disputa presidencial, aparece na lista de candidatos ao governo do Estado, ele lidera. Ou seja, o PSDB, velho adversário do PT, ainda não está fora da disputa.
Segundo a Paraná Pesquisas, Jair Bolsonaro tem 40% das intenções de voto em solo gaúcho, e Lula, 34,2%. O petista foi nesta quarta, 1º, ao Rio Grande do Sul para tentar melhorar o quadro, hoje favorável ao atual presidente.