Na eleição mais acirrada do último século, com desistência de um presidente concorrer à reeleição e um ex-presidente candidato sendo baleado na orelha, os Estados Unidos vão entrar em horas de incerteza a partir de agora, com a demora da apuração do pleito, que não é eletrônico.
As últimas pesquisas antes do dia de votação nesta terça-feira, 5, mostraram uma ligeira vantagem para Kamala Harris contra Donald Trump. As pesquisas de boca de urna revelaram sinais também interessantes.
O EUA rural, e com baixa votação, está votando massivamente em Trump. Kamala terá que ganhar bem nas grandes cidades. Mas quem pode fazer a diferença são as mulheres, que foram em peso votar numa eleição que não é obrigatória.
Diante desse quadro, o ex-presidente denunciou a “massive fraud” na Filadélfia, estado chave ou fiel da balança.
Trump já havia cometido um grande erro no último dia de campanha. Pressionado por uma ligeira piora de seus números e pequena melhora de Kamala – e avisado por auxiliares desses dados -, reagiu fazendo um discurso de fechamento da campanha super raivoso. Ofendeu Kamala, parentes de Kamala, o diabo a quatro.
A atual vice-presidente fez um fechamento para cima, olhando para um futuro melhor – alegre, com música e celebridades como a Oprah. Se ela vai ganhar, ninguém, ninguém sabe mesmo. Mas foi uma final de vencedor.
Agora é voto a voto. Ou delegado a delegado, no caso dos EUA.