Com a divulgação da nova rodada Genial/Quaest nesta quarta-feira, 28, os principais institutos de pesquisa passaram a concordar que a fotografia, a 4 dias das eleições, é de uma vitória de Lula já no primeiro turno.
Se isso se confirmará no 2 de outubro depende ainda de alguns fatores, entre eles o último debate, o da Rede Globo.
Pressionado, Bolsonaro, o primeiro candidato à reeleição desde a redemocratização que pode perder – e com o risco real de um retumbante recado no primeiro -, partirá para o ataque.
À beira do Olimpo após anos de acusações, cadeias e a redenção da anulação dos processos, Lula jogará pelo empate para manter os impressionantes números que Quaest divulgou. Vejam, leitores:
Em uma semana, o petista cresceu 2% entre as mulheres, 4% entre os homens, 6% entre os que tem de 16 a 34 anos, 3% entre os que tem de 35 e 59 anos, 9% no Nordeste, 4% na região Sul e 1% entre os evangélicos.
Isso apenas para ficar em alguns exemplos. Existem outros.
Toda essa movimentação para cima levou Lula a atingir 50,5% dos votos válidos, confirmou Felipe Nunes, cientista político responsável pelo levantamento, à coluna.
Por que isso é importante?
O Datafolha já havia captado uma subida que levou o líder esquerdista aos 50% dos votos válidos, enquanto o Ipec – antigo Ibope – vê 52% dos votos válidos.
Se conseguir 50% mais um voto quando a eleição acabar, em 96 horas, Lula vencerá sem a necessidade de um outro turno para decidir quem será o próximo presidente da República.
É uma concordância inédita dos institutos – a que relaciona o eleitorado à uma vitória nesses termos no primeiro turno – desde a redemocratização.