Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Moraes acertou em sua decisão sobre Ramagem, afirma jurista da FGV

Professor de direito penal, Celso Vilardi acredita que suspensão da nomeação de diretor da PF é excepcional, diante da grave acusação de Moro a Bolsonaro

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 abr 2020, 11h34 - Publicado em 30 abr 2020, 10h59
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Professor de direito penal da Fundação Getúlio Vargas, Celso Vilardi acredita que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal foi acertada, diante da grave acusação feita pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

    “Eu acho que é uma exceção à regra, mas uma exceção motivada, na minha visão, por aquela mensagem do presidente que diz que desejava interferir. Tendo em vista o contexto e a grave acusação feita pelo ministro Moro, realmente me parece que há uma questão que precisa ser examinada pelo pleno do Supremo e existiam motivos suficientes para a liminar”, afirma Celso Vilardi.

    Nesta quinta-feira (30), Bolsonaro atacou Alexandre de Moraes e afirmou que o ministro só foi indicado ao STF por ser amigo do ex-presidente Michel Temer. O ataque reduz os reconhecidos conhecimentos jurídicos do magistrado, e a isenção de todos os ministros da corte que, como informou a coluna, devem acompanhar a suspensão da nomeação de Ramagem no plenário.

    ASSINE VEJA

    Coronavírus: uma nova esperança
    Coronavírus: uma nova esperança A aposta no antiviral que já traz ótimos resultados contra a Covid-19, a pandemia eleitoral em Brasília e os fiéis de Bolsonaro. Leia nesta edição. ()
    Clique e Assine

    O professor de direito penal compara a decisão de Moraes com a do ministro Gilmar Mendes, do STF, que impediu, também por liminar, a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro do governo Dilma Rousseff.

    Continua após a publicidade

    “Neste caso especificamente, o contexto se afigura realmente excepcional. Na verdade, abstraindo a questão dos debates bolsonaristas, petistas e a polarização que nós vivemos, a verdade é que o ministro Moro fez uma acusação no meu modo de ver gravíssima contra o presidente da República”, explica o professor de direito penal da FGV.

    Na semana passada, Sergio Moro pediu demissão da pasta denunciando clamores impróprios recebidos do presidente Bolsonaro como a tentativa de intervir politicamente na PF – incluindo, como revelou VEJA, a contenção de um inquérito sobre fake news que mira o vereador Carlos Bolsonaro.

    “Mudar o diretor-geral por conta de um inquérito instaurado é uma interferência do presidente em um inquérito que não pode ter interferência de ninguém. A PF é uma polícia de Estado, não é uma polícia de governo, razão pela qual eu acho que essa decisão do ministro Alexandre sobre a nomeação de uma pessoa absolutamente ligada à família precisa continuar a ser avaliada pelo STF”.

    Continua após a publicidade

    Na avaliação de Celso Vilardi, o ministro Celso de Mello, também do STF, teve, ao abrir o inquérito com base nas denúncias de Moro, um foco diferente daquele pedido pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. “Eu não posso dizer que a visão dele foi diferente, eu posso dizer que o ministro teve um foco diferente ao abrir a investigação”, explicou.

    “Acredito que ministro Celso de Mello, ao ter acesso às mensagens do ministro Moro divulgadas no Jornal Nacional, ao ver naquela noite um indício de que o ex-ministro não estava mentindo, sinalizou que não está cogitando a possibilidade de uma denunciação caluniosa e instaurou uma investigação apenas e tão somente para verificar a responsabilidade do presidente e não do ministro Moro”, diz.

    Ao pedir a investigação de Bolsonaro pela suspeita de crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça e corrupção passiva privilegiada, Aras requisitou que fosse apurada também a possibilidade de Moro ter cometido denunciação caluniosa, ou seja, eventuais mentiras do ex-juiz da Lava Jato nas denúncias contra o presidente.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.