Matheus Leitão
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir HerzogLula parte para o ataque contra o ponto fraco de Bolsonaro
E... no momento mais decisivo para o líder da extrema direita
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Atualizado em 15 Maio 2024, 23h46 - Publicado em 19 jun 2023, 16h29
Lula resolveu partir para o ataque na mais decisiva semana para Jair Bolsonaro desde a eleição de 2022.
Controlando a narrativa em sua live semanal, o presidente da República afirmou que Bolsonaro foi o coordenador da tentativa de golpe contra a democracia brasileira: “Já está provado que eles tentaram dar um golpe, coordenado pelo ex-presidente, que agora tenta negar”, disse.
Mentindo, ele não está.
Mas o petista resolveu lembrar de investigações criminais contra o líder da extrema direita quando o país aguarda o julgamento político deste no Tribunal Superior Eleitoral.
Para usar uma expressão de que Lula gosta bastante, nunca antes na história desse país um processo do TSE foi visto com tamanha importância.
Ao contrário do que aconteceu com Dilma e Michel Temer, desta vez será pra valer.
Como informou a coluna ainda em fevereiro, a tendência no tribunal é de formação de uma maioria que vai cassar os direitos políticos de Jair Bolsonaro. Porque é disso que a inelegibilidade trata.
De fora do tabuleiro, Bolsonaro poderá até mexer peças, mas não será uma delas.
O próprio ex-presidente se mostrou pessimista em relação ao possível resultado do julgamento. De tão encurralado politicamente, pediu desculpas por espalhar fake news, que é justamente o cerne do julgamento no TSE.
O ataque de Lula foi certeiro. Se o objetivo era fazer Bolsonaro sangrar na pior semana, conseguiu, ao acrescentar: “Quando perdeu as eleições, ele (Bolsonaro) se trancou em casa para ficar preparando o golpe”.
Até porque o plano (o plano mesmo!) para o golpe já havia sido iniciado quando ele mentiu para autoridades e embaixadores na fatídica reunião em que atacou as urnas eletrônicas e deslegitimou a República brasileira perante o mundo.
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