A Operação Sangria, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, 30, mira o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) – que viu a sua casa e o palácio do governo serem alvos de buscas e apreensões -, e a secretária de Saúde, Simone Papaiz, presa temporariamente.
A investigação apura denúncias de fraudes e desvios na compra de respiradores, equipamentos adquiridos para ajudar o enfrentamento dos efeitos do novo coronavírus na população amazonense.
Segundo a PF, são averiguados crimes como pertencimento à organização criminosa, corrupção, fraude à licitação e desvio de recursos públicos. Internamente, a operação é definida como mais uma etapa do “Covidão”, esforço para investigar corrupção na pandemia.
Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) – 20 de busca e apreensão e oito de prisão temporária – e a operação conta com a ajuda do Ministério Público, da Controladoria Geral da União e da Receita Federal.
Há a suspeita de superfaturamento na aquisição dos respiradores e o direcionamento na compra a uma específica empresa, cuja atividade comercial é, na verdade, a comercialização de vinhos.
“Os ventiladores mecânicos hospitalares entregues ao Estado do Amazonas, pela referida empresa, não possuíam as especificidades técnicas necessárias para a adequada utilização no tratamento médico”, diz a nota da PF.
Como informado pela coluna na semana passada, alvo da PF e de uma CPI que investigam seu governo pelas supostas fraudes em aquisições emergenciais em meio à pandemia da Covid-19, Wilson Lima é segundo governador do PSC que pode sofrer um impeachment. Saiba mais aqui.