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Flávio Bolsonaro quer melar o jogo em vez de tentar demonstrar inocência

Filho do presidente sai do corner após a prisão de Queiroz, mas o inquérito continua. Tática de protelar o caso não combina com o combate à corrupção

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jul 2020, 12h10 - Publicado em 25 jun 2020, 17h58
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  • O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) comemora no dia de hoje mais uma de suas vitórias parciais. Todas elas mostram, contudo, que sua única estratégia é a de trancar ou atrasar o processo, melar o jogo, em vez de apresentar argumentos para se defender. 

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    O filho 01 do presidente Jair Bolsonaro em nenhum momento explicou, por exemplo, a mais recente prova cabal que paira sobre o caso das rachadinhas: Fabricio Queiroz estava escondido na casa do advogado da família enquanto o político dizia não saber o paradeiro do ex-assessor. 

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    Para além da grave suspeita de quebra de decoro parlamentar, a vitória desta quinta-feira, 25, pode ser definida como parcial porque tira o juiz do caso, Flávio Itabaiana, titular da 27ª Vara Criminal do Rio, mas não invalida as suas ações, incluindo a prisão do próprio Queiroz. 

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    Acharam o Queiroz. E perto demais Leia nesta edição: como a prisão do ex-policial pode afetar o destino do governo Bolsonaro e, na cobertura sobre Covid-19, a estabilização do número de mortes no Brasil ()
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    É inegável, contudo, que o Tribunal de Justiça do Rio deu mais uma vez razão para Flávio Bolsonaro e sua banca de advogados apostarem na estratégia de contestar supostos erros formais do processo. Agora, a Justiça carioca é que precisará responder o que o país faz com a coleção de indícios que vieram junto com a prisão de Queiroz e a procura de sua mulher, Márcia, foragida da Justiça. Por enquanto, tomou essa decisão importante de validar o que foi produzido até agora.

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    As provas ali são inúmeras, uma constelação de saques e depósitos em contas bancárias. Robustas, estão mantidas, ainda que os advogados do senador agora prometam tentar derrubá-las. Aliás, essa é a nona ação que a defesa de Flávio Bolsonaro usa para pausar o processo ou tentar suspender a investigação. O senador não quer discutir o mérito, quer ganhar no tapetão. 

    Os advogados do caso já foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) discutir a instância ideal para o processo, depois voltaram à corte para dizer que o antigo Coaf – o Conselho de Controle de Atividades Financeiras esvaziado pelo pai de Flávio Bolsonaro – não poderia ter compartilhado os dados.

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    Resumindo: o senador e seus defensores passam o tempo todo protelando o andamento – uma velha estratégia jurídica usada inúmeras vezes por políticos corruptos de Brasília, incluindo os do centrão, para adiar o resultado definitivo do processo. Em vez de, como uma pessoa inocente, se explicar sobre o mérito que está sendo investigado na justiça. A estratégia pode ser legal, mas é conhecidamente imoral. 

    Para um presidente que ganhou as eleições alegando que iria combater a corrupção, a estratégia do filho de não prestar contas dos atos é uma espécie de confirmação das dúvidas sobre tudo o que aconteceu naquele gabinete de deputado estadual. Ou seja, nada coerente com a pose de vestal.

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