Duas bombas e uma difícil batalha para Bolsonaro
O presidente não consegue manter estabilidade em sua gestão
![24/11/2021 - Certificação do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares.Fotos: Luis Fortes/MEC](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/03/51702924586_d3db01b048_o.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A semana começou movimentada (e negativa) para o governo Bolsonaro.
Num enredo já anunciado, Milton Ribeiro deixa o comando do Ministério da Educação com o filme queimado e sob suspeita de corrupção
Apesar de afirmar que não teve nenhuma conduta ilícita, vai ser difícil pro pastor convencer a justiça de que não houve favorecimento de líderes religiosos enquanto ele comandava o MEC. Esta coluna já havia apontado que a saída era uma questão de tempo, após o trabalho do jornalista Paulo Sandaña e de colegas do Estado de S.Paulo.
Outra mudança que já era esperada é a demissão do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, revelada por Robson Bonin, do Radar. A incapacidade do general de lidar com o aumento descontrolado no preço dos combustíveis pesou na decisão de Bolsonaro.
Além disso, a demissão é uma tentativa do presidente de mostrar alguma atitude enquanto os brasileiros sofrem com a inflação e vêem seu dinheiro valer cada vez menos.
Bolsonaro tem muitos problemas para resolver. O presidente falou durante evento nesse final de semana que as eleições de outubro serão uma disputa “do bem contra o mal”.
Antes de lutar essa batalha que só ele enxerga, Bolsonaro terá que vencer uma luta de verdade: como manter o mínimo de estabilidade na sua gestão com tantos escândalos acontecendo do seu lado.