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Comunidade indígena reage após ataques de general Heleno contra Apib

Durante discurso na Sessão de Conselho da ONU, associação diz que ministro cometeu crime contra a pátria e que povos vêm sofrendo ameaças

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 set 2020, 14h50 - Publicado em 23 set 2020, 14h38
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  • A comunidade indígena reagiu nesta quarta-feira, 23, aos ataques feitos pelo governo, em especial pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno, à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

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    Durante seu discurso na Sessão de Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), a advogada Cristina Soares, que representa a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), afirmou que “recentemente, o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República atribuiu a responsabilidade pelo ‘crime contra a pátria’ à APIB, e à sua Coordenadora, Sonia Guajajara”.

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    A reação vista no discurso se refere às declarações recentes de Augusto Heleno que, em seu Twitter, atacou a Apib e disse que a associação se junta a diversos outros sites para manchar a imagem do governo.

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    “A administração da organização é de brasileiros, filiados a partidos de esquerda. A Emergency APIB é presidida pela indígena Sônia Guajajara, militante do PSOL e ligada ao ator Leonardo Di Caprio, crítico ferrenho do nosso país. O site da Apib se associa a diversos outros, que tb trabalham 24 horas por dia para manchar a nossa imagem no exterior, em um crime de lesa-pátria”, escreveu o ministro no dia 18 de setembro.

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    Cristiane Soares fez o discurso hoje representando a Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A fala acontece um dia após o presidente Jair Bolsonaro abrir a Assembleia Geral da ONU responsabilizando indígenas pelas queimadas que estão prejudicando a imagem do governo no exterior.

    A advogada indígena destacou ainda que o governo pretende intimidar a ação dos povos originários. “Pretende-se intimidar a legítima ação política dos povos indígenas no Brasil, como tática diversiva, que não retira a obrigação do Governo Federal, para que as terras indígenas sejam delimitadas e os bens dos povos indígenas sejam protegidos e respeitados”, destacou Cristiane Soares.

    Em seu discurso, a advogada também citou ameaças de morte que vêm sendo feitas a importantes líderes indígenas. Segundo ela, diversos povos estão sofrendo intimidações, como líderes dos Uru-Eu-Au-Au e Guajajara. Alguns, inclusive, chegaram a ser assassinados por agirem na proteção territorial e ambiental.

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    “A situação dos defensores dos direitos dos povos indígenas no Brasil é muito grave e muito tensa. Atuar na defesa de terras tradicionalmente ocupadas por Povos Indígenas provoca ameaças e intimidações”, enfatizou.

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