O comando da Caixa Econômica virou o novo problema da interminável minirreforma ministerial do presidente Lula para acomodar o PP e o Republicanos, partidos do centrão, no governo.
É que “gerou ruído” na Câmara dos Deputadas a declaração de Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, de que o banco não faz parte da negociação com legendas da base.
O petista deu entrevista para a CBN nesta terça-feira, 19.
“É lógico que a conversa continua sobre outros espaços […] do governo. A Caixa é um banco, tem característica de composição, é diferente da composição de um ministério onde o presidente da República vai lá e pode tomar definição sobre isso”, afirmou Padilha.
“A decisão já existe no sentido que tem uma presidente da Caixa hoje. Não só sobre a Caixa, como sobre qualquer órgão público, existe um processo de avaliação permanente por parte do governo. Ele é separado desse processo de composição dos ministérios”, disse o ministro.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, não gostou nem um pouco da declaração de Alexandre Padilha, segundo aliados. A visão do político alagoano é a de que há um acerto entre Lula e o centrão sobre a composição dos cargos na Caixa.