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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Bolsonaro pode pagar preço alto pelo ‘tudo ou nada’ do 7 de Setembro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 set 2022, 18h33 - Publicado em 7 set 2022, 18h10

Entre o agradecimento a Deus pela “segunda vida” e o levantar do coro do “imbrochável”, Jair Bolsonaro executou o crime que ele preparou para os 200 anos da Independência brasileira.

Sequestrou o maior ato cívico da República nos últimos duzentos anos em um “tudo ou nada” de sua campanha à reeleição, que tem – até agora – patinado completamente por conta de seu pouco crescimento nas pesquisas de intenção de voto.

Agora, a palavra está com o Tribunal Superior Eleitoral.

O líder da extrema-direita brasileira pode planejar em praça pública um ato, excluindo parte da população? Exilando milhares dentro da Terra natal transformando-o em ato de campanha, sem ser punido por crime eleitoral?

Vários jornalistas, escritores e intelectuais têm escrito sobre o sequestro do 7 de Setembro, mas a historiadora Lilia Schwarcz, que deu uma entrevista para a coluna neste feriado, foi a primeira.

Essa é a questão agora: a execução do crime.

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Em Brasília, Bolsonaro pediu votos e ameaçou as instituições democráticas dizendo que, se for reeleito, “[trará] para dentro das quatro linhas da Constituição todos aqueles que ousam ficar fora delas”.

Mais uma vez maculou a imagem do Supremo Tribunal Federal e encucou em seus milhares de seguidores o radicalismo de que a mais alta corte do país joga contra a constituição, enquanto ele, o mandatário, que trai a pátria.

No Rio de Janeiro, mais ataques ao Supremo, à democracia e à Justiça – em um tom abaixo do ano passado e com o discurso ensaiado – para poder se defender de eventuais acusações.

O presidente dizia na cidade maravilhosa: “agora vocês sabem o que é o STF”, seus seguidores vaiavam a corte e ele sentenciava: “a voz do povo é a voz de Deus”.

Afora esses movimentos, fez um discurso político radical, chamando Lula, o líder das pesquisas até agora, de “quadrilheiro”, e pedindo para extirpar “esse tipo de gente” da vida política.

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Não se trata mais de um presidente que não tem a compreensão da liturgia do cargo. Ou é exagero dizer isso com o mandatário gritando repetidamente “imbrochável” no aniversário de dois séculos da independência?

Não se trata mais de um presidente machista, grosseiro – capaz das maiores indelicadezas. Ou é exagero dizer isso com Bolsonaro “comparando as primeiras-damas”, afirmando que a dele é “de Deus, família e ativa”?

Trata-se de finalmente a Justiça eleitoral dizer se o presidente comete crime ou não com a bandeira do Brasil. Ou não há consenso no país sobre a importância dos dois séculos de um grito de liberdade?

 

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