Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Autor da proposta sobre prisão em 2ª instância está otimista com aprovação

PEC alcança todas as áreas, incluindo casos do direito penal, cível, tributário, e permite que o réu seja preso após condenação em segundo grau

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 set 2020, 11h49 - Publicado em 11 set 2020, 11h32
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O deputado Alex Manente (Cidadania-SP), autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece a prisão em segunda instância no país, está otimista com a aprovação do texto assim que os trabalhos da comissão especial forem retomados. Segundo ele, tanto na comissão especial – onde aguarda a votação do relatório final – quanto no plenário, a PEC deve ser aprovada pela maioria necessária para ser enviada ao Senado.

    “O que estamos formulando agora é o pedido para o presidente Rodrigo Maia, para que ele possa retomar os trabalhos da comissão especial para a gente votar o relatório. Está na fase da votação final que, depois de aprovado, vai para o plenário da casa”, explica Alex Manente.

    Por tratar-se de uma proposta de emenda à Constituição, o texto deve ser aprovado em dois turnos pelos deputados antes de chegar ao Senado. Alex Manente acredita que a mobilização da população no final do ano passado criou um ambiente favorável para a aprovação do texto.

    ASSINE VEJA

    Covid-19 no Brasil: o pior já passou
    Covid-19 no Brasil: o pior já passou Leia nesta edição: Queda na curva de mortes mostra sinais de alívio na pandemia. E mais: por que o futuro político de Lula está nas mãos de Bolsonaro ()
    Clique e Assine

    “Na comissão especial, eu sinto que a gente tem maioria segura para aprovar a proposta. E óbvio que para votar nos dois turnos é preciso uma maioria qualificada, então nós precisamos novamente retomar a mobilização da sociedade que até em virtude da pandemia começou a ter outras prioridades”, explica o autor da proposta.

    A proposta criada por Alex Manente alcança todas as áreas, incluindo casos do direito penal, cível, tributário, e permite que o réu seja preso após condenação em segunda instância. Por causa da pandemia do coronavírus, o trabalho de todas as comissões foi suspenso e agora os parlamentares tentam retomar as atividades na comissão que analisa a PEC da prisão em segunda instância.

    O assunto, que motivou manifestações em todo o país no final de 2019, deve ter destaque na gestão do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Em entrevista a VEJA, o ministro, que tomou posse no cargo nesta quinta, 10, declarou apoio à possibilidade de prisão em segunda instância.

    Continua após a publicidade

    “A própria Constituição admite a prisão preventiva, que pode durar até o último recurso, assim como a prisão em flagrante e a prisão temporária. Ora, se essas prisões são constitucionalmente previstas, por que não pode haver prisão em segunda instância?”, questionou o ministro.

    No último julgamento sobre o tema na Corte, em novembro de 2019, Luiz Fux foi favorável à prisão após condenação em segunda instância, mas teve seu voto vencido. Na ocasião, o placar do julgamento ficou em 6 a 5 contra a prisão.

    Tramitação 

    Nesta semana, o relator da proposta criada por Alex Manente na Comissão Especial, deputado Fábio Trad (PSD-MS), entregou seu relatório final à mesa diretora da Câmara dos Deputados para tentar agilizar a volta aos trabalhos. Assim que retornar, a comissão votará o texto de Trad. Após a aprovação, a PEC vai ao plenário e aguarda o presidente Rodrigo Maia colocar a matéria  na pauta de votações.

    Questionado sobre quando acredita que essa PEC estará aprovada nas duas casas do Congresso Nacional, Alex Manente afirma que o objetivo é que a proposta seja inserida na Constituição até o fim do ano.

    Continua após a publicidade

    “Se for retomado o trabalho da comissão especial agora, acho que em 15 ou 20 dias nós conseguimos aprovar [o relatório] e caminhar para o plenário. Se o presidente pautar no plenário também é uma votação, são dois turnos, mas acho que no mais tardar em meados do mês que vem nós já aprovamos a PEC na Câmara e passamos ao Senado, que está aguardando essa proposta para aprovar em dois turnos também fazendo com que até o final do ano nós tenhamos ela promulgada e estabelecida na nossa Constituição”, acredita o deputado.

    No Senado, Alex Manente diz que o ambiente também é favorável, já que a PEC de sua autoria foi escolhida pelos presidentes da Câmara e do Senado entre as propostas disponíveis sobre prisão em segunda instância para ser votada. “Os dois presidentes chegaram ao entendimento que a minha PEC tinha uma segurança jurídica maior. Sinto que lá também nós temos uma maioria qualificada com segurança”, afirma Manente.

    Ao falar sobre a importância de estabelecer a prisão em segunda instância para combater casos de corrupção e impunidade no país, Alex Manente explica que a Operação Lava Jato não foi o motivo para a criação da PEC, mas ajudou a despertar na população a vontade de modificar a legislação atual.

    “A PEC não surgiu da Lava Jato, mas da mobilização da própria sociedade que foi às ruas exigir esse projeto de combate à corrupção porque o Brasil de hoje permite que ricos e poderosos posterguem suas condenações por até 20 anos. Quando você tem uma justiça letárgica, você tem o sentimento de impunidade”, diz o deputado.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.