Quase uma semana após a declaração de vitória de Donald Trump, a eleição americana ainda continua sendo debatida ao redor do mundo.
Tem muita coisa sendo discutida, mas com oito questões centrais sendo discutidas.
Houve erros enormes dos institutos de pesquisa porque a vantagem do Trump era muito maior do que elas afirmavam antes da abertura das urnas.
Ainda se discute também o tamanho do erro do Partido Democrata, que demorou demais para mudar o candidato quando era perceptível que Joe Biden não tinha condições de uma disputa eleitoral tão difícil.
Mas o mais importante é que a eleição americana acaba por encomendar novos estudos sobre a sociedade americana.
É preciso entender muita coisa. Por exemplo: Como os americanos podem aceitar um candidato que atentou contra a democracia deles?
Como Trump conseguiu tanto voto latino na Pensilvânia, o estado-pêndulo? Como ele pode ter crescido tanto, entre 2016 e 2024, no eleitorado negro?
Impacto no Brasil
Além disso, é importante olhar para a frente. A eleição terá vários impactos no Brasil. Um delas é esvaziar a agenda da COP 30. Se Trump sair novamente do acordo de Paris, ou se ele sabotar o projeto de aumento das metas ambientais nacionais, que o Brasil está liderando, enfraquece a COP.
Na economia, a maioria dos especialistas dizem que o programa dele é inflacionário. E inflação nos Estados Unidos atinge o mundo inteiro porque tem que subir os juros, o que leva mais capital para aos Estados Unidos e diminui os fluxos para países emergentes, como o Brasil – e isso é só um dos aspectos.
Na politica, Trump será forte como nunca – nos primeiros dois anos principalmente. Tem maioria no Senado, segundo projeções pode ter na Câmara também. Tem ainda a maioria de votos conservadores e ultra conservadores na Suprema Corte Americana.