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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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As muitas voltas que o mundo dá no STF e no Brasil

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 set 2023, 07h53

O ministro Luís Roberto Barroso não desafinou.

Nem mesmo quando cantava ao lado de Diogo Nogueira.

Mas esse foi apenas o aguardado final da posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, quando o cantor e o colega de toga entoaram Aquarela Brasileira (já corria a boca miúda nos corredores do poder que haveria o dueto).

Antes, o que se viu foi: o novo chefe do judiciário sendo efusivamente elogiado pelo decano da corte, Gilmar Mendes, escolhido como orador na troca de bastão com Rosa Weber (Emoji com olhos esbugalhados).

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“Barroso tem se destacado pela defesa intransigente da democracia e dos direitos fundamentais”, afirmou o decano olhando na direção daquele que o definiu como “uma mistura do mal com atraso”.

Nas voltas que o mundo dá na capital, Luís Roberto Barroso verdadeiramente se emocionou (sei porque sei) com as palavras de Gilmar, dizendo que “guardaria” cada uma delas “no coração”.

Foi surprendente por conta do histórico entre os dois – Barroso poderia ter chamado outro ministro, segundo um alto servidor da corte.

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Na verdade, esse reencontro só comprova – ou é a prova cabal – que até a mais esgarçada relação em Brasília pode ser reconstruída.

Aliás, nas muitas voltas que o mundo dá no planalto central, o próprio Barroso, que fez todas as deferências a Lula, soltou – em seu belo discurso – “o país não é feito de nós e eles – somos um só povo”.

O presidente da República ouviu estático o chefe do poder do outro lado da praça dizer que ele – logo ele – estava errado.

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Lula inventou no Brasil a declaração “nós e eles”, uma arma política conhecida. A de dividir para conquistar.

Ocorre que Barroso falava do que Bolsonaro fez com essa frase, elevando uma controversa ferramenta política ao patamar de tentativa de guerra civil – que deu no 8 de janeiro. Aliás, dois bolsonaristas estavam no evento.

Mas, nas enormes voltas que mundo dá – e bem antes de Diogo Nogueira subir no palco para cantar duas músicas – Maria Bethânia cantou o hino nacional. Depois, Todo o sentimento.

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Era um pedido de Barroso, que falava a Tereza, sua mulher que morreu este ano.

Maria Bethania poderia estar falando do Brasil:

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez

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Por tudo que ela é, a cantora e compositora fez o que nunca havia sido feito numa corte suprema.

Foi aí que uma importante figura da República brincou: “o mandato do ministro Barroso já chegou no seu ápice”.

Na verdade, está apenas começando.

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