O superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, elogiou, nesta terça-feira, 26, o anúncio da Petrobras de instalação de dois projetos-piloto de eólicas offshore para realizar estudos da fonte, um no Rio Grande do Norte e outro no Rio de Janeiro, próximo ao Porto do Açu.
Segundo Bomtempo, que participa de encontro sobre o tema no Rio de Janeiro, ainda que o Brasil tenha potencial de gerar aproximadamente 700 GW, é preciso avançar no desenvolvimento dessa tecnologia. “Esses projetos-piloto mostram o esforço do país em acelerar a agenda verde e a descarbonização da economia”, afirma.
Atualmente, o Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica do Brasil. No ano passado, foi instalado um hub de projetos de energia eólica offshore da Petrobras. Em parceria com a companhia, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) desenvolve o sistema de medição para avaliar as condições de vento e mar que embasarão as decisões de investimento na região. O ISI-ER foi responsável pelos primeiros estudos da área no Brasil, iniciados em 2013.
No evento, o diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, apontou também, que, seguindo os trâmites impostos pela governança da companhia, estuda-se a viabilidade de quatro áreas marinhas para projetos de eólicas offshore, para fins de leilões futuros. Uma no Sudeste, outra, no Sul, e duas, no Nordeste.
Além de ajudar o Brasil no cumprimento das metas definidas pelo Acordo de Paris, há a expectativa de que o setor eólico – onshore e offshore incluídos – empregue cerca de 2,2 milhões de pessoas até 2030 e mais 2,1 milhões até 2050 no mundo, de acordo com a Agência Internacional de Energias Renováveis.