Alexandre de Moraes segue Celso de Mello
Não é a primeira vez que STF ordena depoimento presencial de Bolsonaro
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de intimar Jair Bolsonaro para prestar depoimento de forma presencial nesta sexta, 28, à Polícia Federal não é inédita para o presidente durante seu mandato.
Em setembro de 2020, o então ministro do STF Celso de Mello também determinou que Bolsonaro prestasse depoimento presencialmente no inquérito que investigava uma suposta interferência na Polícia Federal.
Nos dois casos, a fundamentação é a mesma. Embora o artigo 221 do Código de Processo Penal defina que os chefes dos Poderes “poderão optar pela prestação de depoimento por escrito”, esse benefício não se aplica no caso em que a autoridade é investigada no processo. O depoimento por escrito pode ser autorizado quando a autoridade for testemunha.
Apesar do entendimento comum entre Moraes e Celso de Mello, essa interpretação não é unânime dentro do STF. Em 2017, por exemplo, o ministro Luís Roberto Barroso permitiu que o então presidente Michel Temer prestasse depoimento por escrito em investigação sobre suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro na edição de um decreto do setor de portos.
Ao seguir o entendimento de Celso de Mello e intimar Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes também dá um recado importante: essa enrolação do presidente, o desrespeito às instituições e o pouco caso que ele faz do STF precisa acabar.
Brasil está próximo de ter ministro de tribunal superior preso, diz senador
Cruz Azul x Flamengo: onde assistir, horário e escalações
Moradores do Retiro dos Artistas comovem com pedidos de Natal
Presidente da CCJ diz que pretende ‘enterrar’ projeto que reduz pena de Bolsonaro
Qual eleitor mais se arrepende de ter votado em Lula, segundo o Datafolha







