O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, não ficou chateado ao saber que Jair Bolsonaro o apontou como o “culpado” da reunião com os embaixadores que pode cassar os direitos políticos do líder da extrema-direita.
É o que informam interlocutores do magistrado à coluna.
Nesta quarta, 21, no Senado, o líder da extrema-direita defendeu que só fez a reunião com diplomatas porque Fachin, então presidente do TSE, havia feito o mesmo dois meses antes, sem que tivesse “competência” para tratar de política externa.
“Então foi uma resposta ao senhor Edson Fachin, porque lá naquela reunião dele, o que ele deixou mais do que implícito, deixou claro — isso faltavam cinco meses aproximadamente para as eleições: ‘tão logo o TSE apresente o resultado, os senhores, embaixadores, devem, junto aos senhores respectivos chefes de Estado, reconhecer imediatamente o ganhador das eleições’. E esse é o fato, essa é a verdade, essa é a realidade”, afirmou Bolsonaro.
Discretíssimo como magistrado, Fachin fez certo ao chamar a atenção da “comunidade internacional contra acusações levianas” ou aquilo que definiu como o “vírus da desinformação” contra as urnas eletrônicas.
O magistrado falava mesmo do político da extrema-direita. Acertadamente, como se pode ver.